Está feito! A não ser que ocorra um cataclismo a Tadej Pogacar na etapa deste sábado, o esloveno confirmou o seu triunfo a Volta a França 2024 na subida de Isola 2000, onde escolheu, há cerca de mês e meio, instalar a base do derradeiro estágio de altitude de preparação para este Tour.

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Pogacar está irresistível. Ponto. E já faltam adjetivos para qualificar a sua supremacia. Por seu lado, Jonas Vingegaard deitou a toalha ao chão nesta 19ª etapa, na qual teve de abortar a estratégia da sua equipa.

Não tanto por sentir que o seu arquirrival estava demasiado forte, mais porque, ele próprio, não teve pernas a meio da etapa, no Cima de la Bonette, onde era suposto atacar para contar, mais tarde, com o apoio dos seus companheiros em fuga, Wilco Kelderman e Matteo Jorgenson, ambos, ao contrário do seu líder, num grande dia, principalmente o norte-americano.

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Mais do que o poderio exibido por Tadej Pogacar, é a imagem de Vingegaard, vencedor incontestado dos dois últimos Tour, esgotado física e animicamente após a chegada, confortado pela mulher, o sinal de que a corrida está sentenciada.

Por seu turno, Pogacar, já se sente definitivamente de amarelo, quando diz que a brutal etapa de sábado será para «deixar a fuga ganhar e desfrutar do percurso». Bem merece o corredor da UAE Emirates, mas a fome de vitórias que tem é tanta, que palavras de comedimento na sua boca não são de se fiar.

Brilhante também é a estreia na Volta a França de João Almeida. Se o português passar incólume no seu quarto lugar na etapa em linha de montanha que resta, cumpre o que melhor se esperaria dele nesta descoberta da Grande Boucle.

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Melhor ainda? Só se Remco Evenepoel tivesse, ao contrário de Almeida, cumprido as expectativas, mas as negativas. Porque certamente muitos não esperariam que o belga se saísse tão bem, apesar dos sete minutos que acumula de atraso para Tadej Pogacar. Está a fechar o pódio e estamos em crer que nas duas etapas que restam – incluindo um contrarrelógio – tentará explorar as fragilidades de Jonas Vingegaard para ainda chegar à vice-liderança. Seria extraordinário para o melhor jovem deste Tour, também na sua estreia.

No entanto, Remco não tem a equipa que necessitaria para esse objetivo, apesar de Hirt, Van Wilder e Mikel Landa terem feito esta sexta-feira a melhor etapa nesta edição da prova.


Créditos da imagem: Katy M, Le Tour Edition Twitter (captação de imagem televisiva Eurosport)  – https://x.com/writebikerepeat/status/1814309201503494343/photo/1

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