Portugal continental esconde verdadeiras paredes para quem pedala. Entre serras altas do interior e planaltos existem subidas que nos desafiam. Para quem gosta de escalar em bicicleta, conhecer estas rotas faz toda a diferença.

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Algumas são longas e contínuas, outras curtas, mas explosivas, todas deixam marcas na memória de quem as enfrenta. Saber a distância, inclinação média e segmentos mais duros permite planear treinos e aventuras.

A seguir, apresentamos aquelas que, para nós, são algumas das subidas mais duras de Portugal continental, detalhadas com distâncias e inclinações médias.

Serra da Estrela

A Serra da Estrela é, sem surpresa, o ponto alto das subidas de estrada em Portugal continental. A estrada que leva à Torre (1 993 m) é repetidamente usada em provas profissionais como a Volta a Portugal mas também usada para desafios de ciclistas amadores.

Uma das variantes mais completas parte de Sandomil, com cerca de 31,88 km a 5,96 % de inclinação média e um ganho de altitude de quase 1 900 m.

Outras vertentes importantes incluem, Vide à Torre com 29,89 km a 6,02 % de média, Seia à Torre com 30,75 km a 5,73 % de média, Covilhã à Torre com 24,33 km a 6,80 % de média e Unhais da Serra à Torre com 23,74 km a 6,51 % de média. 

Serra de Montejunto

Perto de Lisboa, o Alto de Montejunto é frequentemente usada para testar ciclistas que gostam de subir e também utilizada por profissionais para treinar e competir como pro exemplo, no Grande Prémio Joaquim Agostinho e na Volta a Portugal.

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A subida mais longa, com início em Abrigada, que totaliza cerca de 12,5 km com uma inclinação média de 4,6 %, mas com picos que podem atingir mais de 26 % em segmentos isolados.

Outras vertentes importantes incluem, Vila verde dos francos até Base Militar com 8.3 km a 5,6% de média, Avenal até Base Militar com 7,2km a 7,1% de média e Pragança até Base Militar com 4,6 km a 9,3% de média.

Serra de Sintra

A Serra de Sintra não atinge altitudes extremas, mas o seu terreno abrupto oferece subidas curtas e intensas, sobretudo perto dos marcos como Palácio da Pena, Monserrate ou Peninha.

A serra tem cerca de 10 km de extensão e culmina na Cruz Alta (529 m), sendo múltiplos os troços que superam os 8–12 % em segmentos isolados. A subida mais famosa é passa pela Vila de Sintra até ao Palácio da Pena com cerca de 2,8 km a 7,1% de média.

Outras vertentes importantes incluem como Colares até Monserrate com 3 km a 6,2% de média, Azóia até Peninha com 2,6 km a 7% de média, Quinta do Pisão até Peninha com 6 km a 5,4% de média e Cabo da Roca até Peninha com 5,4 km a 5,8% de média.

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Serra de Aires e Candeeiros

Menos mediática que a Estrela ou a Lousã, a Serra de Aires e Candeeiros integra relevos calcários com subidas curtas e pronunciadas.

São estradas onde as percentagens podem ser irregulares e o vento aumenta a dificuldade, oferecendo desafios técnicos e físicos tanto para estrada como para gravel ou BTT.

Serra da Lousã

No centro do país, a Serra da Lousã é casa de uma das subidas épicas reconhecidas no mapa ciclístico português. A clássica ascensão de Lousã ao Alto do Trevim, por exemplo, estende-se por cerca de 26,1 km com um ganho próximo dos 992 m de ganho de inclinação.

Os segmentos variam em inclinação, com médias mais moderadas do que em serras mais altas, mas o comprimento associado ao ganho de altitude faz desta uma das subidas mais completas.

Serra do Gerês

No extremo norte-ocidental, o Gerês reúne subidas espalhadas pelo Parque Nacional que, embora não sejam tão longas quanto a Estrela, misturam inclinações abruptas com terreno imprevisível.

Segmentos como o acesso à Portela do Homem ou aos planaltos mais elevados podem alternar entre subidas contínuas de vários quilómetros e rampas muito duras, desafios que combinam altitude e vento.

Serra de Monchique

O sul do país também oferece subidas como a Fóia que continua a ser referência para ciclistas profissionais e amadores, com pendentes médias perto dos 5–7 % ao longo de vários quilómetros.

Outras vertentes importantes incluem Monchique até Fóia com 7,1 km a 6% de média, Monchique até Picota com 2,8 km a 10,6% de média e o Alto do Malhão com 3,2 km a 8%.

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Crédito das imagens:
Arquivo Goride.pt

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