A edição de 2021 do Douro Granfondo realizou-se no dia 10 de Outubro com a participação de mais de 2.000 ciclistas, portugueses e estrangeiros, celebrando o regresso deste evento com a chancela organizativa da empresa BikeService. Este é certamente um dos mais prestigiados de todos os Granfondos do nosso país.

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O ‘Douro’ regressou após adiamento da edição de 2020 devido à pandemia e como é tradição teve partida e chegada no Peso da Régua (centro nevrálgico de todas as operações).

O percurso, desenhado pela região do Alto Douro Vinhateiro, de 142 kms de extensão e 2.200 metros de desnível acumulado, foi o menos exigente de sempre do ‘Douro’, por ter sido alterado do original de 2020 (edição adiada).

O GoRide.pt esteve entre os mais de 700 concorrentes do Douro Granfondo que arrancaram pelas 9h00 de uma manhã soalheira e amena de outono (também a data do evento teve de ser transferida do tradicional mês de maio devido ao Covid-19) pela esplendorosa marginal do Douro (N222), da Régua em direção ao Pinhão, por terreno plano.

Velocidade, como sempre, elevadíssima, do pelotão imenso e serpenteante: em 37 minutos fez-se 24 km, à média de 38 km/h, nas ‘costas’ do grupo da dianteira, antes de se atacar a primeira subida do categorizada (2.ª), São João da Pesqueira, conhecida de outras edições.

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Logo nas primeiras centenas de metros, necessidade de adequar o andamento às capacidades físicas. Pela frente, 14 km a uma inclinação média de 4,2%. Os homens da frente esticaram o pelotão gigantesco pela vertente da serrania – pareciam motas!

Para nós foram 40 minutos de controlo do ímpeto, com o pensamento projetado para o (muito) que faltava. 264 W de potência, 155 pulsações por minuto (ppm) e 22 km/h, todos valores médios.

No topo estavam cumpridos 40 km. Respirar um pouco, aliviar a tensão muscular, se o andamento do nosso grupeto deixasse… Seguiu-se a ligação em relevo ondulado até ao início da segunda (e última) contagem de montanha (2.ª cat.).

O ritmo cardíaco não baixou muito, a potência média idem, acumulando-se o desgaste e aí estava a subida de Penedono: 13 km a 3,5%, difere essencialmente da primeira (S. João da Pesqueira) por ser entrecortada por dois quilómetros intermédios planos (7 e 8) – feita em patamares, entenda-se.

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Pedalando a 242 W médios e 151 ppm completámos a subida em 31.45 minutos (23,3 km/h), atingindo os 82 km do traçado. Já não faltava tudo, mas as dificuldades não se esgotavam aí.

Após uma curta descida – para baixar o pulso –, entrou-se em nova ascensão, igualmente curta, mas mais inclinada, coincidente com o ponto de maior altitude do Granfondo.

Aqui, atingimos alguns dos valores mais elevados de esforço nesse dia: 300 W em 4.30 minutos e um máximo de 163 ppm. Fora de forma, claramente!

No que restou do percurso, ‘parte pernas’ do km 96 ao 112, com dois topos entre 1 e 2,5 quilómetros com uma inclinação importante, a superar os 8-9%. Foram os últimos grandes esforços, para nos mantermos no grupo até à descida da Desejosa, com 8 km e forte declive, além de altamente técnica (incluindo passagens em pavé), a requerer abordagem cautelosa.

No final daquela, voltou-se à altitude mínima da prova, nas margens do Douro, para o que resta deste Granfondo: 22 km plano de regresso ao ponto de partida, Peso da Régua, para fechar o desafio em 4:20 horas, a uma média de 32,8 km/h. Potência média: 204 W; Ritmo cardíaco médio: 142 ppm.

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