No segundo dia de descanso do Tour de França, e a faltar uma semana decisiva nos Pirenéus e um contrarrelógio, Tadej Pogacar continua firmemente no controlo da corrida. Após a superioridade esmagadora no primeiro contrarrelógio e nas etapas dos Alpes, a ligeira cedência ao ataque de Jonas Vingegaard no Mont Ventoux foi o único laivo de dúvida a sua invencibilidade.

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Na conferência de imprensa desta segunda-feira, em Andorra, à semelhança da anterior na prova, o esloveno enfrentou as questões dos jornalistas sobre suspeitas de doping, e em todas negou-as veementemente. Pogacar disse não se sentir incomodado com o assédio e justifica-o com o “passado tenebroso do ciclismo em matéria de dopagem”.

“Não estou zangado ou chateado. Não perguntas incómodas porque a história [do ciclismo] foi muito ruim. Entendo perfeitamente o motivo de todas essas perguntas”, disse Pogacar, embora continue relutante em publicar os seus registos de desempenho atuais, argumentando que isso daria às equipas rivais uma potencial vantagem.

“Já me fizeram essa pergunta algumas vezes e talvez um dia publique os meus registos. Mas não acho que isso mudaria alguma coisa, porque para o Tour é preciso debitar bons watts. Mas se um corredor partilhar todos os seus dados, as equipas adversárias podem ver os seus limites de esforço e capacidade em determinado terreno e isso não é recomendável”, explicou.

Os rivais de Pogacar, entretanto, têm procurado obter todas as informações possíveis sobre uma eventual fórmula de atacar a liderança do líder da UAE Emirates. No domingo, soube-se que Jonas Vingegaard teria entrado em contato com o companheiro de equipa na Jumbo-Visma, Primoz Roglic, para tentar algumas dicas da experiência do principal adversário de Pogacar no último Tour.

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“Com certeza, Primoz conhece-me melhor do que Jonas, mas não sei o que ele poderia dizer que pudesse ameaçar a minha posição”, rebateu Pogacar, que promete defender e, se possível, contra-atacar nas etapas dos Pirenéus. “Se tiver a oportunidade de ganhar mais tempo, será bom, porque nunca se sabe se não terei um dia mau”.

“Na segunda semana estive mais defensivo, porque não pude entrar em modo de ataque. Então, veremos na próxima semana como se sentirei, etapa a etapa”, afirma o detentor da camisola amarela com mais de cinco minutos de vantagem sobre o segundo classificado, que elege as etapas 17 [para o Col du Portet] e 18 (Tourmalet e Luz Ardiden) como “as mais complicadas”.

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