Peter Sagan não é considerado um dos principais favoritos para o Tour de Flandres este domingo, depois de ter perdido grande parte da sua preparação em fevereiro devido a infeção de COVID-19. No entanto, o vencedor da corrida em 2016 faz questão afirmar que não está em declínio e responde ao diretor da Bora-Hansgrohe, Ralph Denk, que recentemente questionou-se sobre se deveria renovar o contrato do eslovaco em 2022 ou investir em corredores mais jovens.

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Sagan fez 31 anos em janeiro e está na 12.ª temporada no WorldTour. Durante a sua carreira, venceu 114 corridas de um dia, incluindo três títulos mundiais, sete camisolas verdes (pontos) no Tour de França, três Gent-Wevelgem, o Tour de Flandres (na foto abaixo) e o Paris-Roubaix. O eslovaco é um dos corredores mais bem pagos do pelotão internacional, com salário anual de cerca de 5 milhões de euros.

Durante uma entrevista ao jornal alemão Kölner Stadt-Anzeiger na quinta-feira, Ralph Denk questionou a necessidade da sua equipa prolongar o contrato de Sagan. “Estamos muito gratos pelo que Sagan fez por nós. Os patrocinadores têm recebido muita atenção graças a ele, mas ele está a entrar no outono da sua carreira”, disse Denk. “E é um dos profissionais mais bem pagos do pelotão. Temos de pesar: ainda queremos pagar isso? Ou é melhor investir o dinheiro em corredores mais jovens?”, disse o responsável da Bora.

Sagan respondeu a Denk em declarações ao Cyclingnews, falando ainda também sobre as suas possibilidades no Tour de Flandres. “Não sei se Ralph disse exatamente o que foi escrito nos media, não li e às vezes uma frase pode ser tirada do contexto”, afirmou com reservas Sagan.

“Sinceramente, não me sinto velho. Tenho 31 anos, não me sinto no outono da minha carreira e acho que mostrei que ainda posso ganhar corridas, mesmo que minha primavera tenha sido prejudicada pelo COVID-19.

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Sagan venceu o Tour de Flandres em 2016, tornando-se o sexto corredor a fazê-lo com a camisola do arco-íris. “Existem três grandes favoritos e muitos outros”, considerou Sagan. “Sei vencer como favorito. Não é fácil, mas pode ser feito e qualquer um desses três pode ganhar no domingo. Mas todos os outros têm uma chance, senão não estaríamos na Bélgica… Veja Milan-San Remo, os três grandes não venceram. Isso dá-me esperança para a corrida”, admitiu.

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