Há um mês, a jovem corredora Pernille Mathiesen decidiu encerrar a sua carreira. A dinamarquesa, de 24 anos, que pretendia ingressar na estrutura feminina da Cofidis, admitia sofrer de “problemas de saúde mental e distúrbios alimentares”. O corte, a todo o custo, do peso supérfluo, imposto pela exigência da alta competição no ciclismo, ainda não é uma prioridade pelo organismo que rege a modalidade a nível mundial.

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Agora, a suíça Marlen Reusser (Team SD-Worx), vencedora de uma etapa do Tour de França Femme, voltou a sensibilizar para o assunto e pedir medidas de proteção à União Ciclista International (UCI).

“A nutrição e o peso corporal são uma parte importante do nosso trabalho”, explica Marlen Reusser num podcast difundido pela ‘Vive le Vélo’. “Essa questão vai desde a simples monitorização do peso até à doença mental e o desenvolvimento de distúrbios alimentares graves. Pelotão, e penso que seria bom identificar corredores que tenham problemas reais de saúde. […] Ainda são poucos, felizmente, porque muitos entenderam que perder peso pela performance não é bom para ninguém. Mas a UCI deveria agir”, disse a corredora helvética.

Marlen Reusser pede, em particular, que a UCI determine um índice de massa corporal (IMC) mínimo para evitar que os atletas cheguem a um estado de magreza extremo. “Depois de ter denunciado a situação num jornal suíço, fui convidada por David Lappartient [presidente da UCI] para debater com ele o assunto. Mas como, entretanto, temos estado muito ocupados, isso ainda não aconteceu. No entanto, está definitivamente na agenda”.

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