A marca japonesa destina-as à competição e refere que, entre outras características a ter em conta, apresentam uma boa capacidade “corta-vento”. Após algumas boas voltas de estrada ao frio (e com alguma chuva), concordamos com essa afirmação sobre estas luvas Shimano Windbreak Race!

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Bem sabemos como é difícil ir treinar ou mesmo pedalar em lazer sempre que os dias se mostram frios, como se tem registado recentemente. Nem falamos da chuva, pois essa nem nos costuma incomodar muito, falamos sim do desconforto que as baixas temperaturas geram no ciclista. Especialmente nas mãos, caso estas não estejam bem protegidas.

A inovação é transversal a tudo no mundo do ciclismo, das bicicletas aos componentes, passando por acessórios, nutrição, etc. Ora, neste modelo de luvas de invernos nota-se isso perfeitamente, juntamente com uma habitual capacidade do fabricante japonês em aparecer com soluções avançadas no segmento do equipamento para andar de bicicleta.

As luvas Shimano Wind Break Race são efetivamente um “espelho” dessa inovação. A zona das costas da mão é composta por poliéster (97%) e elastano (3%), enquanto a palma da mão é em camurça de poliéster 60% reciclada, juntamente com pele sintética.

Isto faz com que seja totalmente compatível com a utilização de ecrãs táteis. Permitiram-nos controlar o ciclocomputador e também o smartphone sem problemas e com toques precisos.

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Estas luvas são elásticas, com base num tecido elástico de tripla camada com membrana corta-vento.

É provavelmente esta membrana que faz com que as mãos permaneçam secas, confortáveis e com os dedos quentes até às pontas.

Não há almofada na zona de contacto com o guiador, pois a ideia é dar aderência máxima, à partida, mas quase não se notam costuras e há algumas partes de silicone para melhorar o grip, efetivamente.

São facilmente colocadas nas mãos, apesar de, quando calçadas (e por serem luvas de inverno com alguma espessura…), apresentram algumas “pregas” menos positivas do ponto de vista estética. Mas passa-se isto com praticamente todas as boas luvas de inverno que conhecemos, por isso “perdoa-se” esta característica à Shimano.

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Quando molhadas, o tempo de secagem é bastante reduzido. O tecido é bastante maleável, com menos costuras que as luvas tradicionais e existentes no mercado. Materais de topo na composição, sendo que a já referida membrana corta-vento intercalar contribui para a ausência total de entrada de vento e frio, mantendo sempre os dedos da mão quentes.

Os mais friorentos como nós sentem alguma dificuldade para suportar os dias mais frios; por vezes, por mais watts que coloquemos nos cranques, as mãos teimam em não aquecer. Isto obriga a que se use luvas grandes, pesadas, com pouco tacto e desproporcionadas. Neste caso isso não acontece.

Durante os testes a estas Wind Break Race deparámos-nos com dias bem frios, mesmo muito frios, pelas estradas e caminhos da zona Oeste, muitas vezes à beira do mar. E as luvas têm se revelado leves, quentes e com um tacto e sensibilidade em elevado nível. Às vezes quando sentimos que vamos sem luvas…

E um dos pontos mais positivos é que a Shimano conseguiu conceber e produzir um produto ao alcance de muitas bolsas, uma vez que o preço de venda aconselhado fica abaixo dos 35 euros.

E num modelo com excelente ajuste à mão e que denota ter sido pensado para uma utilização em competição, com um cano de luva um pouco maior que o tradicional, permitindo colocar a camisola por baixo, evitando que aquele vento frio e incómodo entre e suba pelos braços.

A fechar este mini teste, dois pontos adicionais a ter em conta. A camurça junto ao polegar permite, por exemplo, uma limpeza rápida das lentes dos óculos de forma bastante mais eficiente. Ou até a absorção da transpiração com recurso a esta parte, passando a mão pela testa.

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E quer-nos parecer que, apesar de serem apontadas pela Shimano ao ciclismo de estrada, podem muito bem ser usadas em voltas e ambientes urbanos, de BTT e gravel.

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