Para os nossos testes com a fantástica Scott Spark 910 de 2022, a marca enviou-nos um conjunto de equipamentos que combina perfeitamente com a prática do trail, a vertente do BTT a que aquela bicicleta se destina. Era a coleção Scott Tuned Concept, que até de certa forma já conhecíamos da altura do seu lançamento.

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Tanto para enduro como para trail, confessamos então que estas peças de roupa, bem como os outros itens de que falamos a seguir (e podemos ver em ação no vídeo acima), continuam a surpreender-nos nos trilhos pela forma como foram bem pensadas para a prática da modalidade.

Aqui conta o estilo, a “descontração” que todas estas peças conferem ao look do rider de trail e também o conforto e liberdade de movimentos, pontos que ficam cobertos por esta coleção Scott Tuned Concept 2022.

Falamos da camisola de manga comprida e dos calções com acolchoado Tuned (sem esquecer as meias Tuned Crew), mas também outros três “trunfos” a acompanhar: um capacete tipo trail, um par de sapatos de encaixe que certamente também agrada a praticantes de enduro e XC, e ainda uma bolsa de cintura bastante funcional e discreta.

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Mas vejamos um pouco mais em pormenor cada um destes equipamentos, sabendo de antemão que todas as suas especificações e características podem ser conferidas no site oficial da marca e no site do importador da Scott para Portugal, a Stand Jasma:

Os tons de preto predominam em todos estes equipamentos e são claramente peças ao gosto de quem gosta de fugir à licra, no caso da roupa: ou seja, de vestir diferente face aos jerseys e calções/calças normalmente envergados nas voltas e treinos de BTT vertente XC.

Camisola Scott Trail Tuned manga comprida

O estilo descontraído e ao mesmo tempo eficaz que o rider de trail e enduro procura é o que caracteriza este jersey da Scott, que apresenta um corte bastante adequado ao esforço e aos movimentos feitos em cima da bicicleta. Muita descrição nos motivos, apenas o logotipo Tuned e alguns apontamentos discretos.

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A camisola não faz calor, ao contrário do que possamos pensar, talvez por causa dos materiais utilizados no seu fabrico: a tecnologia Polartec Delta com DRYOxcell, tecido DUROxpand e composição à base de poliéster (80%) e lyocell (20%).

Não fica demasiado grande nem demasiado justa (é preciso escolher o tamanho certo, entre o S e o XL), nem pesa (190 gramas), com as mangas a assentarem muito bem. Um pormenor interessante é a secção junto ao cós inferior pensada para a limpeza das lentes dos óculos…

Calções Scott Trail Tuned com acolchoado

Secção acolchoada na zona traseira, estilo baggy não muito pronunciado, comprimento um pouco por baixo do joelho (normalmente…) e bastante espaço para colocar as joelheiras por baixo dos calções. Estes são alguns detalhes que tornam estes novos calções da coleção Scott Tuned interessantes do ponto de vista do praticante de trail e BTT em geral.

Não prendem os movimentos, com sistema eficaz de ajuste na cintura e resistência aparentemente elevada proporcionada pelo tecido Cordura. Com 390 gramas, esta peça de roupa tem a seguinte composição: 64% poliamida Cordura, 26% poliamida “normal”, 10% elastano.

Há microfuros que tentam ventilar um pouco o interior dos calções, onde o acolchoado faz o seu trabalho, sendo possível retirar essa parte quando assim o desejarmos. Os dois bolsos com fecho são fundamentais caso queiramos transportar e guardar algum item valioso.

Meias Scott Trail Tuned Crew

Umas meias são umas meias, pelo que não haverá muito a dizer sobre elas em geral e sobre este modelo da Scott em particular. Feitas de 98% poliamida e 2% elastano, estas Tuned Crew não foram particularmente pensadas para combater o frio, mas sim mais para garantir conforto e eficácia.

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Apresentam um ligeiro reforço nas zonas do calcanhar e dos dedos dos pés, o que fará certamente com que durem mais, além de que contam também um um também ligeiro grau de compressão, uma característica que favorece a ciruclação sanguínea, como sabemos.

Mostraram-se confortáveis, resistentes aos teimosos ramos e arbustos que estão sempre a puxar por elas, literalmente, e cumprem perfeitamente a missão dentro dos sapatos Scott MTB Comp de que falamos a seguir.

Sapatos Scott MTB Comp BOA

Um modelo que tanto nos serve na prática de trail em trilhos mais “agitados” como também permite um uso tranquilo nos estradões de XC e gravel. O melhor? Parece-nos ser a capacidade para resistir às contrariedades dos trilhos (pedras que saltam, “toques” que damos nos obstáculos, momentos a caminhar…) e o ajuste perfeito proporcionado pela roda BOA L6 mais acima e pela presilha de velcro mais abaixo.

Não são os sapatos de BTT mais impermeáveis e quentes do mercado, até porque certamente não foi para isso que foram pensados, e também não são os mais leves até do catálogo da Scott. Mas não falham em nada, pelo que tivemos oportunidade de verificar.

Bem parecidos, neste caso em tons de preto, a garantirem conforto e proteção (também por culpa do reforço na parte de biqueira), e com a sola (índice de rigidez 6 desenvolvida a partir de borracha Sticki Race) a portar-se muito bem tanto quando é “forçada” em cima dos pedais como nos momentos em que é preciso desmontar. Respiráveis.

Capacete Scott Stego Plus

Na verdade, este é um capacete para a prática de enduro. Mas hoje o que impede um modelo do género de satisfazer as necessidades de qualquer vertente do BTT? Esteticamente não engana, com reforço de estrutura na parte de trás da cabeça e pala integrada sobreelevada.

No interior, o sistema de protecção cerebral MIPS (que esperamos nunca vir a testar, efetivamente!) e pequenos apoios de espuma que asseguram o “assentar” da cabeça.

A ventilação e cirulação do ar parece-nos adequada, mesmo sendo um modelo com menos oríficios do que os modelos clássicos de BTT, e os espaços próprios para encaixe dos óculos (e goggles) e o suporte para fixar uma câmara de vídeo são add-ons a ter em conta. Ajuste lateral com correias e ajuste traseiro com pequena roda de aperto.

Bolsa de cintura Scott Hipbelt Trail FR

A peça que mais nos surpreendeu, talvez por não estarmos muito habituados a usar algo do género, visto que andamos quase sempre com mochila, isto quando é preciso transportar mais água e/ou itens adicionais.

Desde que o utilizador não se apresente com algum volume abdominal, passamos a expressão (e a brincadeira!), é um facto que esta bolsa de cintura se ajusta perfeitamente ao corpo, permanecendo no sítio por mais “solavancos” que tenham lugar nos trilhos. E isto mesmo quando a levámos bem carregada de ferramentas, acessórios e até com um corta-vento dobrado no interior.

Os compartimentos internos estão bem pensados e separados, as correias elásticas de ajuste e suporte funcionam bem, e as matérias primas utilizadas no fabrico (poliamida e poliéster) fazem com que a resistência à chuva seja boa (até mesmo na parte do fecho).

Com 55 x 19 x 11 cm, cinco litros de volume e 260 gramas. Confortável, útil, bem parecida e leve.

Mais info:


Neste teste:

  • Texto e teste: Jorge D. Lopes e Rodrigo Vicente
  • Fotos e vídeo: Rodrigo Vicente
  • Rider nas imagens: Rodrigo Vicente

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Teste GoRide.pt: Scott Spark 910 2022 [com vídeo]

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