O mexicano Isaac Del Toro encara 2025 como um ano decisivo na sua ainda curta carreira profissional, depois de uma época anterior marcada por uma evolução fulgurante. Aos 22 anos, o jovem ciclista passou de precioso gregário a líder da UAE Emirates XRG em várias provas de relevo, fruto de resultados consistentes e de um final de temporada particularmente forte. Ainda assim, Del Toro mantém os pés assentes na terra e sabe que o estatuto dentro da equipa não é suficiente para rivalizar, para já, com o seu principal companheiro de equipa, Tadej Pogacar.

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Durante o ‘media day’ da formação emiradense, em Benidorm, Del Toro explicou que o principal objetivo para a nova temporada passa por continuar a evoluir e aproveitar as oportunidades que surgirem, sem pressões desnecessárias. O calendário competitivo será exigente desde cedo, começando no UAE Tour, seguindo-se clássicas como a Strade Bianche e a Milão–San Remo, além da Tirreno-Adriático e da Volta ao País Basco. A preparação culminará no Critério do Dauphiné, antes da grande estreia no Tour de França, em julho.

A presença na Volta a França ao lado de Pogacar é vista pelo mexicano como uma oportunidade única de aprendizagem. Del Toro sublinha que correr com o esloveno faz parte do processo de crescimento, permitindo-lhe compreender melhor as dinâmicas de uma Grande Volta e adquirir experiência que considera fundamental para o futuro. Questionado sobre a possibilidade de, dentro de alguns anos, conseguir acompanhar Pogacar ao mais alto nível, o ciclista assume que esse é um objetivo partilhado por muitos, mas prefere encará-lo sem pressão, focando-se apenas na melhoria contínua.

Apesar da ascensão meteórica, Del Toro esclarece que não terá, para já, um calendário pensado exclusivamente para si enquanto líder. A maioria das corridas será partilhada com Pogacar, embora admita que em determinadas situações poderá assumir maiores responsabilidades, dependendo do contexto e da estratégia da equipa. No UAE Tour dividirá atenções com Jay Vine, enquanto no Dauphiné contará com Pavel Sivakov, o que considera um cenário interessante para testar a sua capacidade de liderança.

O mexicano abordou ainda o seu desempenho numa recente Grande Volta, apontada por muitos como uma oportunidade perdida para a vitória. Del Toro reconhece que retirou importantes lições dessa experiência, sobretudo na forma de abordar corridas longas e exigentes. Na segunda metade da época passada, trabalhou para corrigir erros, ganhou confiança e acredita que esse processo foi determinante para os bons resultados alcançados posteriormente.

A participação no Tour de France surge, segundo o próprio, como a concretização de um sonho antigo. Independentemente de ter sido ou não um pedido expresso de Pogacar, Del Toro sempre ambicionou alinhar na prova mais prestigiada do calendário mundial e encara agora o desafio como mais um passo natural no seu percurso.

Por fim, o jovem ciclista recordou as origens no ciclismo, explicando que cresceu numa família ligada à modalidade. Começou a pedalar depois de experimentar outros desportos, impulsionado pela rivalidade saudável com o irmão mais velho. Essa competitividade inicial acabou por moldar o seu carácter e transformar o ciclismo num elemento central da sua vida, abrindo caminho para uma carreira que, em 2025, promete continuar a dar que falar no pelotão internacional.

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Crédito da imagem: UAE Emirates/X

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