Alex Dowsett pretende superar a marca de Victor Campenaerts de 55,089 km, do recorde da hora, no velódromo de Aguascalientes, no México, num evento em que não contará com o apoio da sua equipa, a Israel Start-Up Nation.

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Por esse motivo, o corredor britânico teve liberdade para escolher o seu próprio equipamento e o kit para a bicicleta com que tentará atingir o seu objetivo. Ainda assim, a Dowsett optou por uma bicicleta da Factor, patrocinador da formação israelita, o novo modelo de contrarrelógio Hanzo do fabricante inglês.

“É uma bicicleta de contrarrelógio fenomenal, um grande avanço comparativamente à Slick [a anterior bicicleta de contrarrelógio da Factor]. Nem consigo dizer o quão boa é esta máquina”, disse Dowsett num vídeo em que a sua Hanzo ‘Hour Record’.

A Factor Hanzo de Dowsett é uma bicicleta de contrarrelógio adaptada para a pista. O quadro é em carbono, à exceção da seção traseira, que é de titânio impresso em 3D de 3 mm. “Isso torna o quadro extraordinariamente rígido, fazendo com que uma pista de um velódromo tão lisa como a de Aguascalientes pareça rugosa”, refere o ciclista.

Depois de experimentar duas opções de rodas diferentes nos testes nas últimas semanas, Dowsett optou pelas HED Volos, preferindo-as às Campagnolo Ghibli. O conjunto recebe pneus Vittoria Pista Ora de 23 mm.

Para a transmissão, o britânico optou por um prato de 61 dentes e uma cremalheira única de 13 dentes. O prato, dourado, destaca-se do quadro negro, é um Aerocoach Aten 61T, comercializado a um preço de 1200 euros e diz-se que poupa 2,4 watts (ou 25 cm por volta à pista) a 60 km/h. “Este prato foi desenvolvido para suavizar o fluxo de ar com a corrente”, explica Dowsett.

A Dowsett está usando cranques Rotor Aldhu de 170 mm com pedais Speedplay ‘normais’ e uma corrente Izumi Super Toughness Kai. A roda inferior das mudanças e os rolamentos são CeramicSpeed. O selim é um Simmons.

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Num evento onde a aerodinâmica é fundamental, uma característica fundamental da bicicleta são os extensores. A escolha recaiu no modelo Ascalon da Aerocoach. Dowsett preteriu modelos sob medida, por isso teve de instalar calços sobre as almofadas de apoio dos antebraços para baixar o ângulo de 20 graus – que seria ilegal pela UCI -, para regulamentares 15 graus.

“É muito rígido, é genial. É uma espécie de sistema de baioneta, demorou algum tempo a ser feito com precisão e tinha que ser muitíssimo resistente. É um pouco pesado, mas o peso não importa na pista. Na verdade, calculamos que adicionar 3-4 kg, sem comprometer a aerodinâmica, custaria um terço de um watt. Quando o objetivo é rodar a uma média de 350 W, esse handicap é irrelevante”, esclarece Alex Dowsett.

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