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Partilha!Tweet Segunda vitória para o ciclista da Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados. João Matias assumiu ainda a liderança nos pontos. Na geral tudo na mesma. Terça-feira é dia de descanso. Dois dias volvidos e João Matias venceu novamente. É quase caso para dizer que o difícil foi a primeira! Mas de fácil estas vitórias nada têm. Contudo, a Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados está a demonstrar que, não só surge muito bem preparada fisicamente, como tem o trabalho de estudo das etapas muito bem feito.PUB Aliás, esse é um pormenor destacado pelos corredores da equipa. A entrada de Gustavo Veloso para a função de diretor desportivo está a resultar em pleno e todos realçam a forma minuciosa como prepara cada tirada. Todos sabem o que fazer e quando o fazer e as duas vitórias na Volta a Portugal são um ponto alto de uma época excelente (seis vitórias), numa estreia de Veloso que promete. Depois da emotiva vitória em Castelo Branco, João Matias tomou-lhe o gosto e a confiança está em alta. “Desbloqueada” que está a busca pela primeira vitória, Matias afirma-se como uma das figuras da Volta e é o primeiro ciclista a repetir um triunfo nesta edição. A Glassdrive-Q8-Anicolor também tem dois, mas divididos por Rafael Reis e Mauricio Moreira. PUB Matias admite que, na quinta-feira na Maia, quer mais, mas também realçou novamente que para ele e para a equipa “a Volta está ganha”. “Hoje era uma das etapas que estava marcada para mim e para a equipa. Estamos tão perto de Mortágua… Vi a placa e as pessoas a dizer ‘Mortágua em frente’… O Pedro Silva está lá a olhar por nós”, disse Matias, recordando o mentor desta equipa, que faleceu há um ano. “Não gastei uma pinga de força, nem quando furei. Eles [companheiros de equipa] deixam-me orgulhoso. Esta é inteiramente deles. Antes [da etapa] estar marcada para mim, está para a equipa. O Bruno [Silva – que esteve na frente da corrida] – é um amigo. Ele abdicou muitas vezes por mim. Hoje calhou para mim, mas enquanto ele esteve na fuga eu acreditei que a fuga vencesse”, acrescentou. Wildlife Generation fez-se grande Entre Guarda e Viseu foram 169,1 quilómetros muito típicos de uma etapa que os sprinters podem ambicionar na Volta a Portugal. E com o dia de descanso já esta terça-feira, os homens da geral estavam mais preocupados em evitar sobressaltos.PUB Dez ciclistas ficaram na frente da corrida: Afonso Silva (Kelly-Simoldes-UDO), Alvaro Trueba (Atum General-Tavira-AP Maria Nova Hotel), Bruno Silva (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), Joseba López (Caja Rural-Seguros RGA), Óscar Pelegrí (Burgos-BH), Joaquim Silva (Efapel Cycling), Peio Goikoetxea (Euskaltel-Euskadi), Robin Carpenter (Human Powered Health), Rafael Reis (Glassdrive-Q8-Anicolor), José Mendes (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho). Chegaram a ter cerca de seis minutos de vantagem, sem que no pelotão parecesse haver força, ou mesmo vontade, de perseguição. Até que a Wildlife Generation resolveu ser protagonista. Estamos a falar de uma equipa que se apresenta na corrida com o mínimo de logística necessário, partiu com seis corredores (menos um do que permitido pelo regulamento) e já só tem cinco. Um deles, Scott McGill, venceu em Elvas e era o líder da classificação por pontos. Os restantes quatro estiveram mais de 60 quilómetros a trabalhar e conseguiram garantir um final ao sprint. A pequena e modesta equipa americana fez-se grande até dentro dos três quilómetros, quando apanhou os quatro resistentes da fuga. Só então, outras formações começaram a chegar-se à frente para colocar os seus sprinters. Nesta fase a Wildlife Generation teve um problema. Com quatro ciclistas a trabalhar tanto, faltou alguém para ajudar McGill a ficar bem posicionado naqueles metros finais da Avenida da Europa, em Viseu.PUB Tal como em Castelo Branco, foi novamente segundo atrás de Matias. Um bom resultado, sem dúvida, mas, desta feita, não foi suficiente para segurar a camisola verde. Está empatado em pontos, mas João Matias passou a ser o líder. As camisolas e tudo na mesma na geral Pouco mais há dizer sobre uma etapa em que se pensou mais no que aí vem. O top dez da geral ficou igual ao estabelecido na tirada da Torre: Mauricio Moreira (Glassdrive-Q8-Anicolor), 13:59:44 horas Frederico Figueiredo (Glassdrive-Q8-Anicolor), a 30 segundos Luís Fernandes (Rádio Popular-Paredes-Boavista), a 31 Alejandro Marque (Atum General-Tavira-AP Maria Nova Hotel), a 2:10 minutos António Carvalho (Glassdrive-Q8-Anicolor), a 2:12 André Cardoso (ABTF Betão-Feirense), a 2:19 Delio Fernandez (Atum General-Tavira-AP Maria Nova Hotel), a 2:33 Emanuel Duarte (Atum General-Tavira-AP Maria Nova Hotel), a 3:32 Jokin Murguialday (Caja Rura-Seguros RGA), a 3:44 Jesus Del Pino (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho), a 5:03 Mauricio Moreira veste então a amarela e é ainda líder da montanha. Matias está em primeiro nos pontos, enquanto Jokin Murguialday vai continuar a vestir a camisola branca da juventude. A Glassdrive-Q8-Anicolor lidera por equipas. Próxima etapa: quarta-feira Esta terça-feira é dia de recuperar forças, até porque a quinta etapa promete. A subida ao Observatório de Vila Nova, em Miranda do Corvo é nova e, pelo que os diretores desportivos têm dito do reconhecimento que fizeram, é bem complicada. São quase 10 quilómetros de subida, com uma pendente média de 8,3%. É uma primeira categoria. O Alto da Torre e Senhora da Graça são locais míticos da Volta, mas a ver vamos se não teremos outro a pedir mais visitas. Com partida na Mealhada (12h45), os 165,7 quilómetros serão relativamente planos até à subida final. Só há uma quarta categoria em Miranda do Corvo (113,9 quilómetros). As metas volantes estarão em Cantanhede (29,6), Condeixa-a-Nova (90,8) e Lousã (142,2). Classificações completas: https://www.procyclingstats.com/race/volta-a-portugal/2022/stage-4 Fotografias: Agnelo Quelhas/Podium Events
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