Este artigo surge de uma forma muito simples: ao decidimos procurar uma bicicleta de gravel bastante barata, mesmo que esta não tenha as mais avançadas tecnologias ou os componentes mais sofisticados do mercado, para adaptarmos às voltas que costumamos dar e ir fazendo upgrades aos poucos.

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Há a ideia de para ter uma boa experiência em qualquer vertente do ciclismo temos de investir bastante dinheiro, tanto em bicicletas como em componentes e acessórios. Mas será mesmo assim? Não será preciso apenas “boas pernas” e uma bicicleta em bom estado?

A resposta não é sim nem não. E se o nosso orçamento não for folgado é ainda assim possível ter uma boa experiência. Então, por apenas 600 euros conseguimos comprar um segunda mão uma Marin Nicasio+ de 2022.

Nada de carbono, sem travões hidráulicos… Mas esta Nicasio+ tem sim um quadro em aço CrMo, rodas 650×47 e transmissão MicroShift Advent com apenas nove velocidades, resumidamente!

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Com base no que temos feito aos comandos desta bicicleta, sentimo-nos capazes de fornecer cinco dicas que devemos ter em conta sempre que pensarmos em ter uma bicicleta de entrada de gama para começarmos as nossas “aventuras” gravel.

1. Análise prévia da bicicleta

Quando o orçamento é limitado, as opções também são limitadas. Além de pedirmos conselhos a alguém mais experiente, é importante analisarmos cuidadosamente as características da bicicleta a escolher (algo que facilmente conseguimos fazer na Internet) e verificarmos se correspondem às nossas necessidades. Temos de estar preparados para fazer cedência em algguns aspetos da bicicleta…

Devemos tentar ler o máximo que conseguirmos sobre a bicicleta, tal como fazemos se estivermos antes a comprar uma bicicleta topo de gama, e procurar o melhor possível por reviews ao modelo em causa, seja em sites da especialidade (como o GoRide!), seja em vídeos do YouTube,

2. Características para bikepacking

É verdade que nem todos os praticantes de gravel desejam fazer viagens grandes na bicicleta, mas, se possível, devemos procurar uma bicicleta que, apesar de barata, inclua no quadro os “recursos” necessários para montar bagagem, por assim dizer. Nunca se sabe quando teremos vontade de fazer uma viagem de bikepacking!

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Neste caso, a Marin Nicasio+ tem várias características propícias ao bikepacking: pontos de fixação na forqueta, capacidade para instalar no quadro três grades para bidons, suportes para montar alforges na parte de trás da bicicleta…

3. Duplo prato ou ‘monoprato’?

A tendência atual é o monoprato, como sbemos. No entanto, é difícil encontrar sistemas monoprato nas bicicletas mais económicas. Então, o conselho que podemos dar é: “estuda” as opções de duplo prato, pois é possível que verifiques que, na maioria das vezes, este sistema é mais versátil do que um monoprato…

A simplicidade de um monoprato é muito vantajosa, mas, por exemplo, a Marin Nicasio+, com apenas nove velocidades, oferece grandes diferenças entre as mudanças (a cassete é uma 11-46t) e isto torna a passagem de uma mudança para outra menos suave…

4. Travões mecânicos… também servem!

É ainda muito comum que nos modelos mais básicos encontremos travões de disco acionados mecanicamente. A maioria dos ciclistas preferem travões hidráulicos, que são a solução ideal, diga-se, mas se o budget não for suficiente para tal, os sistemas mecânicos são uma opção que normalmente funciona bem… desde que estejam bem ajustados e afinados. Geralmente porporcionam potência suficiente para bicicletas leves e com pneus estreitos.

Normalmente, os travões deste tipo também acabam por ser mais fáceis de “dosear”. O funcionamento evita que se bloqueie as rodas com facilidade. No entanto, neste ponto em particular é sempre bom podermos experimentar antes de comprarmos…

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5. É importante ter pneus tubeless?

O ideal é utilizar pneus tubeless, sim, visto que os sistemas tradicionais, com câmara de ar, são bastante propícios à ocorrência de furos. E são mais pesados, até, e neste segmento de preços vai ser preciso tirar peso onde for possível.

E o investimento nem é grande: fitas para revestir por dentro o aro da roda (encontram-se por 10 euros), válvulas tubeless (a rondar os 20 euros) e líquido selante (que também não é caro, dependendo da quantidade de que precisamos).

Neste campo, e para fechar o artigo, deixamos outro conselho que ajuda a poupar uns “trocos”: usar os pneus que estão de origem na bicicleta até ao limite razoável, até ser mesmo necessária a substituição.


Artigo redigido por José Escotto e editado por Jorge D. Lopes. Caso detetes algum erro ou tenhas informação adicional que enriqueça este conteúdo, por favor entra em contacto connosco através deste formulário.

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