Aos 39 anos parece que será de vez. Maximiliano Richeze vai mesmo retirar-se. O argentino está na Volta a San Juan ao serviço da seleção a despedir-se em casa de uma longa carreira, durante a qual se consagrou como um dos melhores lançadores do pelotão. Porém, sai desiludido com um homem que chegou a pensar que poderia escrever uma última e bonita história: Mark Cavendish.

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O veterano ciclista admitiu que esperava por mais uma temporada no World Tour e ao lado do britânico. O objetivo principal seria ajudar Cavendish na demanda pela 35ª vitória de etapa na Volta a França e assim ver o sprinter tornar-se no recordista, desempatando com Eddy Merckx.

O plano inicial seria juntar-se a Cavendish na B&B Hotels-KTM, mas com a equipa francesa a fechar portas, o britânico teve procurar outra solução. Surgiu a Astana, mas não surgiu um telefonema para chamar Richeze.

“Isto era algo que poderia acontecer [não ser contratado com Cavendish]. Porém, poderia ter prevalecido o respeito para com a outra pessoa. Poderia ter-me dito que não tinha conseguido um lugar para mim na equipa, mas isso de não atender o telefone foi uma falta de respeito da parte dele”, criticou Richeze, em declarações aos media, antes da Volta a San Juan.

O argentino não esconde o quanto está desiludido: “Cavendish dececionou-me muito como pessoa. Como ciclista é um grande campeão e creio que o melhor da sua era. Desejo-lhe o melhor. Mas como pessoa, dececionou-me muito.”

Richeze soube da ida de Cavendish pelos meios de comunicação social e disse que não tem qualquer problema com o britânico assinar pela Astana, apenas considera que lhe poderia ter dito primeiro.

Há um ano, o veterano ciclista também esteve perto de se retirar, mas foi chamado à última hora para renovar pela UAE Team Emirates, depois do grave acidente de Álvaro Hodeg, que não compete há mais de um ano. Assim, continuou por mais uma temporada a parceria com Fernando Gaviria, que já vinha dos tempos da QuickStep.

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“Sim, San Juan será a minha última corrida. Está decidido. Sinto um misto de emoções, mas há que fechar este ciclo e que melhor forma de o fazer se não no meu país. Tenho cabeça e pernas para continuar, mas houve circunstâncias que não aconteceram e que me obrigaram a tomar esta decisão”, salientou.

Apesar de ser um exímio lançador, Richeze também alcançou algumas vitórias, com destaque para as duas etapas na Volta a Itália, em 2007.

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Fotografia: Photo Fizza/Facebook Maximiliano Richeze

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