A nutrição desempenha um papel muito importante nos desportos de alta competição e o ciclismo está no topo da evolução neste domínio. Numa altura em que os corredores pesam a comida ao grama, Tadej Pogacar também defende o equilíbrio.

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“Caso contrário, chega-se a um ponto em que se quebra”, disse o esloveno no popular podcast do autor, médico e investigador canadiano-americano Peter Attia, citado pelo Wielerflits.

Numa entrevista de quase 50 minutos, o vencedor do Giro e do Tour de 2024 abordou questões importantes na área do treino e da nutrição. Neste artigo, aborda-se apenas esta última. “Na verdade, a minha dieta é a mesma durante todo o ano”, revela Pogacar.

“Nunca coloquei muitas restrições a mim próprio. Também nunca digo a mim próprio: não posso comer bolo nem chocolate. Se o fizer, chegaria uma altura em que iria abaixo ou ficava completamente louco”, admite o líder da UAE Emirates.

“Acredito que deve haver uma boa relação com a comida”, continua o esloveno. “É fundamental ter equilíbrio. Mesmo com alimentos pouco saudáveis. Por exemplo, quando vou de férias, simplesmente gosto de boas refeições. Mas isto é comida de qualidade. Não como quantidades absurdas, por isso nunca ganho muito peso.”

O três vezes vencedor do Tour não pesa mais de 69 quilos nos meses de inverno, quando aproveita o período de defeso. “Depois de uma festa posso pesar 70 quilos, mas isso é maioritariamente devido a retenção de líquidos. Mas o meu peso máximo é de 69 quilos.”

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120 g de hidratos por hora

E a alimentação de um corredor como Pogacar durante a época competitiva?  “Para etapas ou corridas difíceis, é importante consumir aproximadamente 120 gramas de hidratos de carbono por hora”, explica. “Nas mais fáceis, cerca de 60 a 90 gramas.”

Durante uma etapa, Pogacar pode escolher entre bidões com 30 ou 60 gramas de hidratos de carbono adicionados à água. “Prefiro uma garrafa de água com 30 gramas, porque assim consigo comer mais. Para uma corrida difícil é melhor consumir água com 60 gramas, para ter de comer menos. Muitas vezes quase não se tem tempo para comer alguma coisa durante as corridas.”

“Há cinco anos borra-me nas calças”

“Há cinco anos parecia impossível consumir 120 g de hidratos por hora”, reflete Pogacar sobre a rápida evolução no campo da nutrição. “Mas agora isso é possível, graças ao nosso nutricionista, que conseguiu criar géis e bebidas muito bons e muito agradáveis ​​ao estômago. Na verdade, já não tenho problemas de estômago”, refere Pogacar

“Há cinco anos fazia cocó nas calças depois de etapas longas ou corridas por etapas”, revela Pogacar a rir. “Agora já não tenho problemas com 120 gramas de hidratos de carbono numa hora. Acho que é tudo uma questão de uma boa proporção de glicose, frutose e outras coisas. A qualidade deve ser boa, mas em última análise é também uma questão de habituação”, conclui Pogacar.


Crédito da imagem: UAE Emirates Twitter

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