João Almeida reconheceu não estar ainda totalmente restabelecido da enfermidade que o afetou durante a segunda semana da Volta a Espanha, mas prometeu dar o melhor nas seis etapas que restam da corrida e acredita que o seu companheiro de equipa Juan Ayuso pode chegar ao pódio. O português da UAE Emirates assegura que a sua equipa “não está para acabar em quarto”.

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“[A segunda semana da Vuelta] não foi ideal. Fiz um bom ‘crono’ e depois fiquei doente. Acontece. Estou a ficar melhor, não estou a 100%, vamos ver como corre nos próximos dias”, começou por dizer o 10.º classificado da geral, em videoconferência promovida pela sua equipa, ontem, no segundo e último dia de descanso da prova.

João Almeida disse ter estado doente no final da 13.ª etapa, na sexta-feira, na qual perdeu o contacto com o grupo de favoritos ainda no Col du Aubisque, a primeira das grandes subidas de montanha da etapa que terminou no Tourmalet, nos Pirenéus. O português lutou até ao final, numa corrida solitária atrás do grupo principal e acabou a tirada na 15.ª posição.

“Acho que é a minha forma de correr. Trazia grandes ambições, sentia-me bem, estava tudo a correr bastante bem. E deitar tudo a perder também não é o meu estilo. Então, decidi continuar a sofrer o máximo que conseguia e ver como terminava. Claro que acabar em 10.º, 8º, 7º, o que quer que seja, não é o meu objetivo, mas dei o meu melhor”, justificou.

“Tentei ir para a fuga ontem [domingo], mas a Jumbo não me deixou. Veremos como corre dia a dia, e havemos de encontrar um plano, mas não me parece que consiga entrar numa fuga”, previu Almeida.

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No entanto, o terceiro classificado do último Giro vê a 17.ª etapa, com final no Angliru, como ideal para tentar a vitória, embora reconheça que “os Jumbo estão muito fortes” e que o sucesso não dependerá apenas das suas pernas, mas também das dos adversários.

‘Jumbo correrá para Kuss’

“Penso que eles [Jumbo] estão a correr para Kuss, porque penso que ele está a sentir-se realmente bem. Não me parece que se vão atacar entre si. Acho que, enquanto equipa, temos de tentar algo, porque eles parecem muito fortes. Não estamos aqui para acabar em quarto”, defendeu.

Almeida acredita que “é possível” o seu colega espanhol Juan Ayuso, atualmente quarto a 2.37 minutos de Kuss, acabar no pódio. “Temos de fazer a corrida dura para tentar que um deles tenha um dia mau, perca tempo. E, a partir daí, subimos automaticamente ao 3º lugar, com o Juan. […]. Obviamente, cada lugar que subimos torna-se mais difícil, mas acho que o 3º lugar é bastante possível”, sustentou.

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Para Almeida, só trabalhando em conjunto com os seus três líderes – o português, Ayuso e Marc Soler, que é 6º – a UAE Emirates poderá lutar pela geral. “É a única forma que podemos fazê-lo, é trabalharmos em conjunto como fizemos ontem. Vai ser difícil, mas temos de tentar”, acrescentou.

Partida de Lisboa: ‘bastante bom’

O quinto classificado da Vuelta2022 falou ainda sobre a possibilidade de a próxima edição da ‘grande’ espanhola começar em Lisboa, avançada esta segunda-feira pelo diário desportivo espanhol AS.

“Seria bastante bom. Não sei se estarei à partida. Claro que se começar em Lisboa é um bocado diferente. Começar no nosso país seria uma boa razão para participar na corrida, mas logo vemos quando sair o traçado”, concluiu.

O pelotão da 78.ª Volta a Espanha regressa hoje à estrada para uma ligação plana de 120,5 km entre Liencres Playa e Bejes.

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Imagens: UAE Emirates e Vuelta Twitter

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