Desde que Romain Bardet deixou a AG2R Citroën no final de 2020 que a equipa francesa procura redefinir a sua identidade. Não tem sido um caminho fácil, mas entre Ben O’Connor nas provas por etapas e Marc Sarreau nos sprints, há uma esperança de que mais e melhor venha já em 2023. Mas não só…

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Benoît Cosnefroy terminou a temporada a ganhar o Grande Prémio do Quebéque e o próprio espera que possa definitivamente arrancar para uma fase de sucesso nas clássicas. A equipa também! E certamente olha ainda com expectativa para Oliver Naesen. O belga também terminou a época com resultados animadores, dando sinais de querer renascer e recuperar a boa forma que o levou a ser um corredor de destaque entre 2017 e 2019.

Aliás, o “eclipse” de Naesen tem sido uma das grandes desilusões da equipa, que chegou a aspirar (justificamente) que o ciclista pudesse conquistar vitórias importantes, principalmente no pavé.

Já de Greg van Avermaet, aos 37 anos, pouco se espera. Contudo, parece manter-se a réstia de esperança de ainda ver o belga mostrar-se um pouco, pelo menos nas clássicas do pavé.

No entanto, é em Ben O’Connor que a equipa muito apostará. O australiano encontrou a regularidade que procurava na AG2R Citroën, sendo agora habitual lutar por vitórias e pódios nas grandes corridas por etapas, o que o faz sonhar com um top três no Tour. E para a formação francesa, tal seria perfeito.

Bob Jungels e Lilian Calmejane estão de saída, mas nada que preocupe, pois nenhum confirmou as expectativas. O primeiro deu o ar da sua graça ao vencer uma etapa na Volta a França. A importância dessa vitória foi enorme, mas não deixou de ser pouco para o luxemburguês, que desde que chegou à equipa esteve quase sempre em baixo rendimento, sofrendo de alguns problemas físicos.

A AG2R Citroën optou por reforçar-se a pensar mais no futuro. Alex Baudin é um francês de apenas 21 anos, que vem da Tudor. É ciclista para ajudar no terreno montanhoso. Bastien Tronchon também fará para do bloco de trepadores. Tem 20 anos e será promovido da equipa de sub-23.

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Pierre Gautherat é ainda mais novo: 19 anos. Estagiou na estrutura francesa desde agosto e convenceu, mas é um ciclista mais para as clássicas. Estava na SCO Dijon-Team Matériel-Velo.com.

Esta aposta na juventude reflete-se já a nível mais geral, pois dos 28 ciclistas que vão compor a equipa em 2023, 12 têm 25 anos ou menos e apenas sete têm 30 ou mais.

Em 2022, a equipa conquistou 11 vitórias e terminou no 15º lugar do ranking UCI.

Reforços: Alex Baudin (Fra, 21 anos, Tudor), Bastien Tronchon (Fra, 20, AG2R Citroën sub-23) e Pierre Gautherat (Fra, 19, SCO Dijon-Team Matériel-Velo.com)

Permanências: Andrea Vendrame (Ita, 28), Antonine Raugel (Fra, 23), Aurélien Paret-Peintre (Fra, 26), Ben O’Connor (Aus, 27), Benoît Cosnefroy (Fra, 27) Clément Berthet (Fra, 25), Clément Venturini (Fra, 29), Damien Touzé (Fra, 26), Dorian Godon (Fra, 26), Felix Gall (Aut, 24), Geoffrey Bouchard (Fra, 30), Greg van Avermaet (Bel, 37), Jaakko Hänninen (Fin, 25), Larry Warbasse (EUA, 32), Lawrence Naesen (Bel, 30), Marc Sarreau (Fra, 29), Michael Schär (Sui, 36), Mikaël Cherel (Fra, 36), Nans Peters (Fra, 28), Nicolas Prodhomme (Fra, 25), Oliver Naesen (Bel, 32), Paul Lapeira (Fra, 22), Stan Dewulf (Bel, 25), Valentin Paret-Peintre (Fra, 21), Valentin Retailleau (Fra, 22).

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Saídas: Anthony Jullien (Fra, 24), Bob Jungels (Lux, 30, BORA-hansgrohe), Clément Champoussin (Fra, 24, Arkéa Samsic), Gijs van Hoecke (Bel, 31, Human Powered Health) e Lilian Calmejane (Fra, 30, Intermarché-Circus-Wanty).

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Fotografia: Vincent Curutchet/Facebook AG2R Citroën

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