Tadej Pogacar alternou regularmente esta temporada entre sistema de travão de disco e o mais tradicional de aro (pinça), optando por uma ou outra tecnologia de acordo com a corrida ou com as etapas, no caso das provas por etapas, e explica as escolhas.

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O corredor esloveno da UAE Emirates diz que preferiu utilizar discos para nas etapas planas do Tour de França e que travões de aro em etapas de montanha, como que venceu, nos Pirenéus, em Saint-Lary-Soulan, com condições meteorológicas boas e piso seco.

A bicicleta de contrarrelógio da UAE Emirates que Pogacar usou nas Olimpíadas de Tóquio tinha travões de aro, mas a do Campeonato Mundo dispunha de discos.

Para Pogacar, o peso da sua bicicleta é de extrema importância, e é o fator primordial na sua escolha de travões. “O peso é importante, porque nas subidas é a relação entre potência e peso (watts/kg) que mais conta”, disse o corredor de 23 anos.

“Isso é especialmente importante para mim, porque não sou o corredor mais leve do pelotão. A diferença de peso de cerca de 300 gramas é bastante. Concentro-me nos detalhes e essa é uma das razões por que opto pelos sapatos com atacadores da DMT. Na Vuelta de 2019, fui o único a usá-los, agora usam muito mais. São súper-leves”, afirmou Pogacar.

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A UCI estabelece um limite mínimo de peso de 6,8 kg para as bicicletas em competição e Pogacar considera que chegar o mais próximo possível desse peso aumenta as suas possibilidades de vitória.

As condições climatéricas não influenciam a opção de Pogacar, que se diz sentir tão confortável com discos ou pinças à chuva. “Não me importa usar discos ou pinças com chuva. Optei por pinças no Giro da Lombardia porque houve duas subidas íngremes no final, onde talvez pensei que pudesse atacar [n.d.r. o que aconteceu]. Entendi que as rodas leves seriam importantes nessa situação, e estas são mais leves sem discos.

“As condições do tempo não influenciam a minha escolha de travões. Ficou bem com ambos na chuva. Para mim, é tudo uma questão de peso”, frisou o corredor esloveno.

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Embora haja uma diferença evidente na suavidade da travagem, Pogačar diz que é capaz de se adaptar rapidamente a ambos sistemas. “Há uma diferença, mas alternar não é problema para mim”.

“Tenho uma bicicleta de disco na minha casa na Eslovénia e uma de pinças na minha residência durante a temporada, no Mónaco, e sinto-me bem em ambas. O importante é saber qual é que se está a usar, mas bastam duas apertadelas nas manetes e… fico bem”, conclui Pogacar.

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