O norueguês Tobias Foss surpreendeu os principais favoritos e tornou-se o primeiro campeão do mundo de contrarrelógio na categoria de elites do seu país, esta manhã, em Wollogong, na Austrália.

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O corredor nórdico, de 25 anos, tido como outsider na corrida à camisola de arco-íris, emergiu para o topo da classificação após um rapidíssimo último parcial do percurso de 34,2 quilómetros (entre o km 24,5 e a meta) que lhe permitiu no final superiorizar-se ao suíço Stefan Küng por três segundos, após este liderar naquele ponto por onze segundos, e ao belga Remco Evenepoel, por nove segundos.

Foss, que alinha na equipa Jumbo-Visma, terminou com o tempo de 40.02,78 segundos, à média de 51,241 km/h, e após a sua conquista estava naturalmente satisfeito. “É como um sonho. Ainda não acredito. As pernas estavam boas. Sabia que vinha do Canadá em boa forma, mas não esperava isto! Não sou muito autoconfiante… Não acreditei que venceria antes de cortar a meta. Tirei tudo de mim hoje. Não poderia ter sido melhor. Estou muito satisfeito, é incrível”, declarou.

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Vítima de uma queda de corrente durante a prova, o britânico Ethan Hayter pode lamentar este incidente ao ter sido quarto classificado, com mais 40 segundos do que o vencedor, à frente do suíço Stefan Bissegger, a 47 segundos.

O esloveno Tadej Pogacar foi sexto, a 48 segundos de Foss, enquanto o italiano Filippo Ganna, bicampeão mundial em título e principal favorito a mais um triunfo, foi uma das surpresas pela negativa, não indo além da sétima posição, com mais 56 segundos do que o norueguês.

Foto Team Jumbo-Visma

Nélson Oliveira (8.º) quinto top-10 em Mundiais

Nélson Oliveira foi o oitavo classificado, obtendo o quinto top 10 da sua carreira em Campeonatos do Mundo da disciplina de esforço individual na categoria de elite. O corredor português fez o tempo de 41.01,76 minutos, mais 58,98 segundos do que o vencedor Tobias Foss.

Experiente, Oliveira geriu muito bem o esforço na fase inicial para acelerar progressivamente. Foi o 13.º mais rápido no primeiro parcial (aos 7,2 quilómetros), entre este ponto e o km 24,5 foi o oitavo melhor, e o sétimo no troço final dos 34,2 km do traçado.

“O objetivo era entrar uma vez mais nos dez melhores e estou muito satisfeito por cumprir essa meta. Senti-me bem durante todo o contrarrelógio. Sabia que a parte final seria a chave. Era importante não dar tudo na primeira volta e guardar alguma força para o final. Isso foi fundamental. Senti-me bem. Estou muito feliz por, ao fim de tantos anos, continuar a estar no top 10 do Mundial”, disse Nelson Oliveira, que conseguiu ser um dos dez melhores do mundo pela primeira vez em 2014.

“Foi mais um desempenho de excelência do Nélson, num percurso que se tornava um pouco enganoso e que obrigava a uma correta gestão do esforço, algo que ele faz muito bem. Apesar de ser essencialmente plano, o percurso apresentava um topo mais exigente, onde estava o ponto de cronometragem, e alguns falsos planos. O vento, que soprava de frente em algumas zonas e as muitas viragens também cortavam o ritmo, exigindo a tal gestão de esforço para a obtenção de um bom resultado”, considera o selecionador nacional, José Poeira.

João Almeida não alinhou. Após ter apresentado problemas gastrointestinais e febre à chegada à Austrália, foi decidido pelo médico da seleção, Filipe Lima Quintas, em conjunto com o corredor e o selecionador nacional, que seria mais prudente a ausência do ciclista do contrarrelógio para que possa apresentar-se na melhor condição na prova de fundo do próximo domingo.

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Na noite de segunda para terça-feira, Portugal voltará a competir no Mundial de Wollongong, no contrarrelógio individual de juniores. A Seleção Nacional estará representada na prova de 28,8 quilómetros por António Morgado e Gonçalo Tavares.

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Foto principal: Team Jumbo-Visma

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