Este domingo decide-se na Austrália o último título mundial em jogo. A elite masculina irá discutir a camisola arco-íris que Julian Alaphilippe veste há dois anos, com o francês à procura do tri. Portugal tem em João Almeida um líder sempre com ambição de ganhar. A seu lado três ciclistas muito importantes para o apoiar: os Oliveira, Nelson e os gémeos Ivo e Rui.

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João Almeida falhou a prova de contrarrelógio há uma semana por doença, mas garante que está bem para a corrida em linha. “Já me sinto normal. Além de ter estado doente, a longa viagem até cá também levou a que estivesse algum tempo sem treinar, mas sinto-me cada vez melhor”, afirmou, citado pela Federação Portuguesa de Ciclismo.

Depois de uma Vuelta em crescendo, tendo terminado no quinto posto, o português, de 24 anos, quer em Wollongong lutar por um bom resultado.

“É uma corrida longa e muito especial, quero estar entre os melhores e é isso que vou tentar fazer no domingo”, frisou.

“É uma corrida de um dia, por isso é sempre uma incógnita. Tem uma subida muito curta e inclinada e o traçado é semelhante ao de uma clássica, por isso não posso dizer que se enquadra muito nas minhas características. No entanto, penso que com as várias passagens pela subida os trepadores acabarão por ter alguma vantagem”, acrescentou.

Rui Oliveira é colega de João Almeida na UAE Team Emirates e quer na seleção fazer tudo para ajudar o seu líder, mas poderá espreitar algo mais…

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Numa prova com 3945 metros de acumulado nos 266,9 quilómetros do percurso, tanta subida não é algo que beneficie o ciclista de Gaia. Mas garante que se preparou a pensar no que terá de enfrentar.

“Antes de aqui chegar tentei fazer uma preparação que se adequasse da melhor forma ao percurso que ia encontrar. As corridas que fiz com a equipa também ajudaram muito a dar-me a confiança necessária e a deixar-me em boa forma”, afirmou.

“Esta corrida é muito imprevisível e vão ser mais de seis horas de prova. Somos apenas quatro e há seleções com muito mais elementos do que nós e são essas que vão fazer a corrida. Teremos de nos manter unidos e na frente do pelotão, de forma a evitar problemas”, realçou.

Depois de ver o júnior António Morgado sagrar-se vice-campeão mundial, o selecionador José Poeira reforça agora o voto de confiança ao quarteto de elite. E até vê Rui Oliveira como mais do que um gregário.

“O Rui Oliveira passa bem as subidas e poderá eventualmente ter a possibilidade de discutir a corrida ao sprint”, disse.

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“Os corredores que trazemos são muito experientes e estão habituados a este tipo de corridas. Todos eles vêm rodados de outras provas, mas sabemos que os adversários também. Há países com mais responsabilidade do que nós, pelo número de ciclistas que trazem, e teremos de ser perspicazes e correr com inteligência para conseguirmos ter corredores na frente na fase final da corrida”, referiu José Poeira.

O selecionador nacional quer esperar pela prova para perceber como está João Almeida, depois de este ter ficado de fora do contrarrelógio.

Sobre a corrida deste domingo salientou: “Vai ser muito importante ter atenção redobrada desde início, pois quem estiver mais atrás poderá ter dificuldades. A partir dos 180/200 quilómetros de prova vai ser muito complicado, pois as pernas vão começar a ficar pesadas.”

“A seguir a cada viragem há uma mudança de ritmo, pois têm de desacelerar e voltar a acelerar constantemente e essa oscilação trás um desgaste acrescido volta após volta. Uma boa colocação vai ser essencial.”

O pelotão vai para a estrada a partir das 1h15 deste domingo (hora portuguesa), com final previsto para perto das 8 horas. Transmissão no Eurosport.

Podes ver no link em baixo a lista de inscritos completa.

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Fotografias: Federação Portuguesa de Ciclismo

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