Portador da camisola de melhor trepador sucedendo ao maior protagonista nas montanhas nas primeiras duas semanas da Volta a Espanha, Jay Vine, por infortúnio, após a desistência devido a queda deste surpreendente corredor da Alpecin-Deceuninck, Richard Carapaz provou este sábado que também merecia por inteiro essa distinção.

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O equatoriano da Ineos Grenadiers conquistou a terceira vitória em etapas na Vuelta, impondo-se, à imagem das duas anteriores, entre os fugitivos, e com a sua classe e resiliência peculiares superiorizou-se igualmente à perseguição férrea movida pelo grupo de favoritos, durante algum tempo conduzido por João Almeida.

 

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Carapaz cortou a meta em Navacerrada apenas oito segundos à frente de Thymen Arensman (DSM), após ter-se desenvencilhado de Sergui Higuita (Bora-Hansgrohe) na fase final da subida do Puerto de Coto – última subida da etapa – e resistiu à ofensiva do neerlandês da DSM para igualar o número de sucessos nesta Vuelta do camisola verde Mads Pedersen (Trek-Segafredo). Se o dinamarquês reina nos sprints, Carapaz é definitivamente o rei das montanhas!

“Creio que esta é a mais bonita das minhas três vitórias. Foi um dia que marquei antes desta Vuelta, pois sabia que era muito importante”, disse o 14.º classificado da geral, objetivo em que fracassou, uma vez que vinha para tentar vencê-la.

“Foi uma etapa bastante difícil, porque havia muito em jogo na classificação geral. Corri ao meu jeito, sendo inteligente, movimentam-me quando era preciso. Depois tive o apoio dos outros fugitivos, isso foi muito importante. Sabia que poderia atacar no final e vencer”, explicou o ex-vencedor do Giro de Itália, que a partir da próxima temporada será corredor da EF Education-EasyPost.

Remco sem problemas para chegar de vermelho a Madrid.

Está praticamente feito para Remco Evenepoel! Às vésperas da chegada a Madrid, que será apenas uma mera formalidade para a consagração, o belga da Quick-Step Alpha Vinyl dominou perfeitamente as derradeiras ofensivas de Enric Mas (Movistar) durante a 20ª etapa, a última com características seletivas.

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Por trás do fabuloso hat-trick alcançado por Richard Carapaz, Evenepoel será o primeiro belga a vencer uma grande volta desde Johan De Muynck em 1978, quando este venceu o Giro de Itália. Faz 44 anos…

“Não sei o que está a acontecer na minha cabeça e no meu corpo… É inacreditável. Todas as críticas e comentários negativos que recebi depois do ano passado, creio que respondi com pedaladas. “Trabalhei muito para chegar aqui na melhor forma possível. Ganhar esta Vuelta agora é simplesmente incrível. Na verdade, é a primeira grande volta que comecei de boa saúde. Estou muito feliz por ser o primeiro a ganhar um Grand Tour para Patrick Lefevere como diretor e pela Bélgica, o meu país, pelos meus companheiros, pelos meus pais, pela minha noiva… Estou longe de casa há tantos dias, tantas semanas, tantos meses. E tudo isso é graças a eles também”, agradeceu Evenepoel.

No domingo, em Madrid, no pódio, ao lado do belga, estarão os espanhóis Enric Mas e Juan Ayuso, este último, um jovem que completará 20 anos no dia 16 de setembro e logo na primeira grande volta da sua carreira. Miguel Angel Lopez (Astana Qazaqstan) não conseguiu de facto deter o corredor da UAE Emirates e terá de se contentar com o quarto lugar.

João Almeida (UAE Emirates) e Thymen Arensman conquistam um lugar à custa da descida nesta etapa do espanhol Carlos Rodriguez (Ineos) e ocupam o quinto e sexto lugares, respetivamente, na geral. Atrás do campeão nacional de Espanha não houve mudanças: Ben O’Connor (AG2R Citroën), Rigoberto Uran (EF Education-EasyPost) e Jai Hindley (Bora-hansgrohe) fecham, por esta ordem, o top-10 desta Vuelta.

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