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Partilha!Tweet Longe vão os tempos em que as clássicas e os sprints eram as principais apostas. A BORA-hansgrohe venceu o Giro e quase só pensa em ser uma das equipas mais fortes no que a grandes voltas (e outras provas por etapas) diz respeito. Ao vencer a Volta a Itália com Jai Hindley, a BORA-hansgrohe como que atingiu a maturidade naquela que foi a sua transformação de uma equipa muito centrada em clássicas e sprints, para uma não só mais completa, mas forte no que a grandes voltas diz respeito.PUB Já parecem longínquos os tempos em que esta equipa tinha Peter Sagan como referência e cresceu aproveitando o momento áureo do eslovaco. Aos poucos ficou claro que a formação alemã queria ir mais além e assim foi. Agora tem uma estrutura forte para as provas por etapas e entre as 30 vitórias em 2022 (quarto lugar no ranking UCI), a maioria foi neste tipo de competição. As contratações de Jai Hindley, Aleksandr Vlasov e Sergio Higuita foram mais do que acertadas. Agora chegou o momento de querer ainda mais porque na BORA-hansgrohe, ganhar o Giro é visto “apenas” como o início de uma era. Hindley já está a mirar a Volta a França, enquanto Vlasov aponta ao Giro. Higuita terá a sua oportunidade de líder na Vuelta. Se este trio “roubou” um pouco a ribalta a Emanuel Buchmann e Max Schachmann, a verdade é que os alemães continuam a fazer parte da espinha dorsal da equipa para conquistar mais grandes voltas e outras provas por etapas. Tal como Lennard Kämna. Está de regresso ao ser melhor e para 2023 uma das expectativas é precisamente perceber se poderá (e quererá) ir mais além do que procurar vitórias de etapas. De referir ainda o italiano Giovanni Aleotti. Tem apenas 23 anos e poderá ser uma temporada importante para se afirmar neste lote com cada vez mais qualidade de voltistas na BORA-hansgrohe.PUB Se nas clássicas a aposta já não é tão forte como no passado recente, ainda assim, que tem Jordi Meeus e Nils Politt, tem sempre a possibilidade de alcançar bons resultados, principalmente quando chegar a fase do pavé. No sprint, espera-se que Sam Bennett seja aquele que se começou a ver na reta final da temporada. Demorou a voltar a vencer, mas o sprinter irlandês quer recuperar o seu lugar de destaque entre os melhores. A BORA-hansgrohe viu sair ciclistas que deixaram alguma marca na equipa em anos recentes, casos de Felix Großschartner e Lukas Pöstlberger. Também troca de equipa Wilco Kelderman. O neerlandês já se sabe: tanto está em grande forma, como “desaparece”. No entanto, a formação reforçou-se com ciclistas de nível idêntico e, lá está, a pensar em provas por etapas. O luxemburguês Bob Jungels é, na teoria, uma boa contratação, mas apenas se na prática recuperar a veia vencedora de outrora. Em 2022 deu indicações que poderia ter ultrapassado os problemas físicos e até ganhou uma etapa no Tour. Porém, não deixa de ser uma incógnita o que poderá fazer. Nico Denz será um homem de trabalho, enquanto Florian Lipowitz é um jovem que irá estrear-se no World Tour, com a equipa a ver nele talento para tornar-se num ciclista importante a curto prazo. Já Victor Koretzky foi contratado a pensar um pouco na estrada, mas mais no BTT. A BORA-hansgrohe vai seguir o exemplo de outras equipas e começar a apostar também noutras vertentes.PUB Reforços: Bob Jungels (Lux, 30 anos, AG2R Citroën), Florian Lipowitz (Ale, 22, Tirol KTM Cycling Team), Nico Denz (Ale, 28, DSM) e Victor Koretzky (Fra, 28) B&B Hotels-KTM). Permanências: Aleksandr Vlasov (Rus, 26), Anton Palzer (Ale, 29), Ben Zwiehoff (Ale, 28), Cesare Benedetti (Pol, 35), Cian Uijtdebroeks (Bel, 19), Danny van Poppel (PB, 29), Emanuel Buchmann (Ale, 30), Frederik Wandahl (Din, 21), Giovanni Aleotti (Ita, 23), Ide Schelling (PB, 24), Jai Hindley (Aus, 26), Jonas Koch (Ale, 29), Jordi Meeus (Bel, 24), Lennard Kämna (Ale, 26), Luis-Joe Lührs (Ale, 19), Marco Haller (Aut, 31), Matteo Fabbro (Ita, 27), Matthew Walls (GB, 24), Maximilian Schachmann (Ale, 28), Nils Politt (Ale, 28), Patrick Gamper (Aut, 25), Patrick Konrad (Aut, 31), Ryan Mullen (Irl, 28), Sam Bennett (Irl, 32), Sergio Higuita (Col, 25) e Shane Archbold (NZ, 33). Saídas: Felix Großschartner (Aut, 29, UAE Team Emirates), Lukas Pöstlberger (Aut, 30, Team Jayco AlUla), Martin Laas (Est, 29, Astana Qazaqstan) e Wilco Kelderman (PB, 31, Jumbo-Visma). Também vais querer ler… Bahrain-Victorious de olhos postos na Volta a França e na afirmação de jovens talentos Fotografia: Facebook BORA-hansgrohe
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