Konny Looser venceu a edição deste ano do Titan Desert, mais uma vez. E a bicicleta com que este grande atleta suíço andou o tempo todo foi a Stoll M2, um modelo e uma marca com pouca expressão em Portugal, mas que primam pela exclusividade e pelos pormenores de sonho…

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Esta marca sediada na Suíça (fundada em 2016) tem a mesma nacionalidade de Konny e apresenta como missão fabricar quadros “leves, reativos e que permitam uma forte aceleração às suas bicicletas”, como a própria Stoll refere. E esta Stoll M2 desdobra-se em duas versões: a World Cup (com cursos de 100 mm no amortecimento) e a Maraton (cursos de 120 mm).

Na Stoll gabam-se de terem reduzido até 300 gramas o peso do quadro da nova M2, isto em relação à versão anterior. A marca avança para a versão World Cup um peso de 8,9 kg e para a Maraton 9,75 kg… Pesos que incluem já a presença de espigão telescópico e outros componentes “extra”.

O que é indicado é que apenas o redesign do pivot principal do amortecimento traseiro permitiu retirar 100 gramas ao modelo de 2021. O sistema de amortecimento traseiro é do tipo flutuante com VPP (Virtual Pivot Point), e com o amortecedor paralelo ao tubo superior, praticamente. Depois há ainda um elemento basculante que “entra” no triângulo dianteiro…

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Konny Looser optou por usar no Titan a versão de 100 mm, pois não é preciso mais curso para percorrer as etapas baseadas em estradões e tiradas mais longas e rolantes do que propriamente de subidas e descidas técnicas. É importante reforçar o conforto, a leveza e as boas sensações. E com a Stoll M2 World Cup o atleta helvético teve uma verdadeira “arma perfeita” nas mãos.

A bicicleta apresenta dimensões de quadro muito adequadas para provas de longa duração, já que não são extremamente “radicais”. Por exemplo, a direção tem um ângulo de 67,5º, os eixos distam 1.177 mm um do outro (no tamanho M) e o reach é de 444 mm (também no tamanho M). Estas são medidas próprias das novas tendências das bicicletas de XC, sem dúvida.

E um dos pontos mais elaborados no quadro da M2 é o sistema de suspensão traseiro (VPP), que até já referimos acima: o tal elemento basculante laminado em apenas uma peça única apresenta elevada rígidez, e a mencionada redução de peso em 20% face ao sistema antecessor. Atenção à biela “perfurada”, que também economiza alguns gramas…

Neste Titan em particular, Looser instalou uma transmissão Sram XX1 “mecânica”, para evitar eventuais necessidades de manutenção em condições tão extremas. O próprio calor pode afetar os componentes eletrónicos (as temperaturas estiveram sempre acima dos 40 graus durante todas as etapas…) e, por outro lado, assim não dependia da autonomia das baterias.

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De resto, os componentes são principais são aqueles que encontramos na versão standard da Stoll M2 World Cup: suspensões RockShox (suspensão frontal SID Luxe Ultimate e amortecedor traseiro SID Luxe Ultimate), rodas Duke Lucky SLS de 28 mm e espigão em carbono assinado pela própria Stoll (sem ser telescópico), entre muitos componentes de topo.

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Fotos: Stoll Bikes AG // konnylooser.ch

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