Duas semanas depois de conquistar a sua quarta Volta a França, Tadej Pogacar voltou a vestir a camisola arco-íris e… a correr! Mas desta vez, no quintal de casa: a 7.ª edição do Tadej Pogacar Critérium, em Komenda, Eslovénia.

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Foram 35 voltas a um circuito de 1 km, no centro da cidade, ao som de “Pogi! Pogi!” vindos de todos os lados. E, pela primeira vez desde que criou a prova, o próprio Pogacar cruzou a meta em primeiro, batendo Luka Mezgec (tricampeão do evento) e o ex-colega Matteo Trentin.

Antes da festa, o esloveno reuniu a imprensa e falou de tudo: da sua motivação ao calendário, passando por um certo tema… reforma.

Entre sorrisos, Pogacar confessou que já pensa no dia em que vai pendurar a bicicleta. “Comecei a ganhar cedo e sei que podem vir resultados piores. Mas estou pronto para tudo. Provavelmente vou a mais Tours — até porque não me vão deixar ficar em casa tão cedo”, brincou.

Também admitiu que às vezes é cansativo ser tão reconhecido, mas que tenta sempre retribuir o carinho dos fãs. Depois do Tour, parou uns dias para descansar, treinou no Mónaco (inclusive com Pauline Ferrand-Prévot) e voltou agora revigorado.

“Estou feliz por estar de volta a casa, por rever os meus amigos, os meus vizinhos, a minha família. É verdade que, por vezes, gostaria de ser um pouco menos conhecido. Por vezes, tirar fotografias e dar autógrafos é cansativo, outras vezes um pouco menos, mas tento agradar a todos.”

Foi com estas palavras, divulgadas pelos meios de comunicação eslovenos SportKlub, que Tadej Pogacar abriu a conferência de imprensa que antecedeu esta 7ª edição da Tadej Pogacar Cup no sábado. Depois de alguns dias sem pedalar para uma pausa após o Tour, o esloveno retomou discretamente os treinos no Mónaco, principalmente partilhando uma pedalada com Pauline Ferrand-Prévot, antes de regressar ao seu país e cidade natal este fim de semana para um grande festival público. Estas duas semanas de descanso parecem ter-lhe feito muito bem, pois parecia fisicamente exausto e mentalmente exausto após um julho intenso.

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“Qualquer um pode ter um mau dia. Não se pode esperar que eu irradie felicidade durante todas as 21 etapas. O Tour foi realmente difícil, um dos mais difíceis que já corri, como qualquer pessoa que lutava pela classificação geral pode confirmar. Mas agora descansei, fiz um balanço e estou pronto para novas batalhas”, explicou com um sorriso, revigorado e pronto para partir em busca de inúmeras vitórias, como o Pogacar ‘canibal’ que todos conhecemos.

Será que isso descartará um fim prematuro da sua carreira e a reforma, como sugeriram algumas das suas declarações no final do Tour? “Não vou esconder que já estou a contar os anos para a reforma. Comecei a ganhar cedo e pode haver resultados piores, mas estou pronto para tudo. Provavelmente participarei noutros Tours, mesmo que nunca se possa garantir que participarei. O Tour é a corrida mais importante e duvido que a equipa me deixe em casa por mais alguns anos”, confirmou o campeão do mundo.

Próximos capítulos da temporada
Nada de Vuelta este ano — o descanso falou mais alto. O regresso às competições será no Canadá, nos GP de Quebeque e Montreal (12 e 14 de setembro), depois Campeonato do Mundo em Kigali, Ruanda (28 setembro).

A novidade? Vai ao Campeonato Europeu de fundo (5 outubro, França) pela primeira vez desde 2021. Isso significa que vai saltar a maior parte das clássicas italianas… exceto uma: a Volta à Lombardia, a 11 de outubro, onde vai tentar a quinta vitória consecutiva.

Se correr como planeado, Pogacar fecha 2025 em grande — com festa, arco-íris, talvez mais uma taça… e já a riscar mais um ano no calendário até à reforma.

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Crédito da imagem: UAE Emirates 

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