Cerca de 59 anos depois do lendário duelo entre Raymond Poulidor e Jacques Anquetil, os olhares estavam em Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard nas encostas da subida do Puy de Dôme, palco da chegada da 9.ª etapa do Tour 2023…
E se principal figura da etapa foi Michael Woods (Israel-Premier Tech), que entra assim para a galeria dos vencedores na lendária subida com um desempenho ao nível de alguns dos seus célebres antecessores, a batalha breve mas intensa, e digna do palco lendário do Puy de Dôme, entre os dois protagonistas do Tour é a que fica para contar.
💪 @TamauPogi attacks! Jonas Vingegaard can't stay in his wheel!
💪 @TamauPogi attaque ! Jonas Vingegaard ne parvient pas à rester dans la roue !#TDF2023 pic.twitter.com/0IPuLTRxsc
— Tour de France™ (@LeTour) July 9, 2023
Pogacar atacou Vingegaard a 1,5 km da meta, ganhando-lhe oito segundos que encurtam para 17 a desvantagem para o camisola amarela. O esloveno ficou satisfeito e o dinamarquês… também!
“É positivo, ainda que não seja uma verdadeira vitória… Estou muito satisfeito, foi um ótimo dia. Até a subida final, foi bastante tranquilo. Senti que as minhas pernas estavam boas e então pensei: ‘Por que não atacar?’. Ainda esperei pelos últimos 1,5 km, só para garantir. Quando acelerei, vi a sombra de Jonas na estrada, estava logo atrás de mim tentando manter o meu ritmo. Continuei a carregar nos pedais. O Vingegaard esteve muito forte, mas consegui abrir um espaço e continuei. Estou muito feliz por lhe tirar algum tempo e colocá-lo sob pressão”, regozijou-se Pogacar.
Sensational attack from Tadej Pogačar 🚀
A typically thrilling acceleration from the @TeamEmiratesUAE rider on Tour de France Stage 9.
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🇫🇷 #TDF2023 pic.twitter.com/NC2Qf4LMxm— Velon CC (@VelonCC) July 9, 2023
Pogacar acelerou forte, mas teve resposta pronta e mais eficaz de Vingegaard do que na etapa de Cauterets. O líder da Jumbo-Visma acabou por ceder, mas só ligeiramente. No final da primeira semana de corrida, a luta entre ambos fica mais apertada.
Por seu lado, foi outro dia misto para Jonas Vingegaard. Após um árduo trabalho da sua equipa Jumbo-Visma ao longo do dia, o dinamarquês não conseguiu seguir Tadej Pogacar nos últimos km da mítica subida. Apesar de tudo, conseguiu limitar o prejuízo.
“Teria preferido ganhar tempo a perdê-lo para Pogacar, mas vim para o Tour com a convicção que a primeira semana me convinha menos do que as duas seguintes”, explica Vingegaard.
“Estar de amarelo no primeiro dia de descanso é muito gratificante para mim. Senti-me muito bem, mesmo que aparentemente o Tadej ainda estivesse um pouco melhor do que eu. E mal posso esperar para estar nos Alpes”, afirmou o dinamarquês.
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Imagens: UAE Emirates, Jumbo-Visma e ASO Twitter