As principais alterações numa das mais históricas e antigas equipas portuguesas. Um misto de veterania e juventude?

Se por um lado esta histórica equipa aposta em talentos jovens na perspectiva de em breve os ver começar a somar bons resultados, por outro a Atum General/Tavira/Maria Nova Hotel não abdica de ciclistas experientes e que continuam a ser sinónimo de sucesso.

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Que o diga Alejandro Marque (terceiro na Volta a Portugal de 2021), que aos 40 anos prepara-se para terminar a carreira na formação algarvia, mas com a mesma ambição de sempre de lutar por vitórias. A seu lado terá outro espanhol que tão bem conhece Portugal e que por cá viveu dos melhores momentos no ciclismo: Delio Fernández.

Aos 35 anos viu-se sem contrato com o fim da ProTeam francesa Delko, que representou durante seis temporadas, depois de se afirmar por cá. Onda-Boavista e W52-Quinta da Lixa, como se chamavam então, viram a melhor versão deste ciclista, que sabe o que é ganhar em etapas nas provas mais importantes no nosso país, casos do Troféu Joaquim Agostinho e Volta a Portugal.

Esta experiência poderá ser valiosa, enquanto na equipa se espera que 2021 seja um ano bem melhor para uma das suas grandes apostas. Emanuel Duarte não foi muito feliz na sua primeira temporada no Tavira, ele que em 2019 conquistou a Volta a Portugal do Futuro e ainda foi buscar a camisola branca da juventude na Volta a Portugal, afirmando-se como um dos jovens promissores do pelotão nacional, então ao serviço da LA Alumínios-LA Sport (agora LA Alumínios/Credibom/Marcos Car).

O ciclista de Portimão terá ao lado de Marque e Fernández um papel de destaque numa equipa que, tal como a maioria do pelotão nacional, pode não ter os argumentos financeiros para disputar taco a taco as corridas com a W52-FC Porto e Glassdrive/Q8/Anicolor.

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Mas tem protagonistas para tentar concretizar o objetivo de se intrometer na disputa de vitórias e outros resultados de nota em todas as provas. É o caso de mais um jovem, Rafael Lourenço e também do outro reforço, Miguel Salgueiro.

Depois há ainda o super fiável Aleksandr Grigorev. Em 2018 chegou a Portugal como um ilustre desconhecido, mas este russo tornou-se um dos gregários mais importantes do pelotão e na estrutura da equipa algarvia. No ano passado até foi à Clássica de Viana do Castelo conquistar uma vitória.

É um ciclista já com experiência para tanto ser uma voz de ajuda aos mais novos, como poder estar ao lado dos veteranos, transmitindo toda a confiança com o trabalho que realiza.

De Espanha há mais uma esperança de vitórias, Samuel Blanco, um homem mais para o sprint, com Alvaro Trueba a ser outro corredor muito valioso para trabalhar, assim como os portugueses Valter Pereira e, claro, o senhor David Livramento. Aos 38 anos é um ciclista de que o Tavira não abdica, ele que é o verdadeiro homem da casa, sempre leal a esta equipa.

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Atum General/Tavira/Maria Nova Hotel: quem fica, entra e sai?

Permanências: Alejandro Marque (40 anos), Aleksandr Grigorev (29), Alvaro Trueba, David Livramento (38), Emanuel Duarte (25), Rafael Lourenço (24), Samuel Blanco (27) e Valter Pereira (31).

Entradas: Délio Fernández (35, Delko) e Miguel Salgueiro (22, LA Alumínios-LA Sport).

Saídas: César Martingil (27, Rádio Popular-Boavista), Gustavo Veloso (42, retirou-se) e Rúben Simão (21, LA Alumínios/Credibom/Marcos Car).

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Imagens: João Fonseca Photographer

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