Volta a Espanha 2024: Lefevere e o fiasco da Quick-Step no apoio a Landa: «Culpa das comunicações»

O fiasco na 18ª etapa da Volta a Espanha, na qual Mikel Landa perdeu mais de 3 minutos para os principais adversários e a possibilidade de conquistar um lugar no pódio final, continua a ser difícil de esquecer para a equipa T-Rex (Soudal) Quick-Step.

PUB

Na sua coluna semanal no Het Nieuwsblad, o diretor geral da equipa, Patrick Lefevere, regressou esse dia aparentemente irrelevante para a classificação geral, mas em que o seu líder Mikel Landa teve um dia mau…

Se o basco teve, de facto, um desempenho muito abaixo do expectável, a sua equipa e os diretores desportivos também falharam. A calamitosa gestão no final da etapa resultou num estranho e tardio recuo de Mattia Cattaneo para ajudar o seu líder quando o italiano lutava pela vitória.

Mas embora reconheça falhas evidentes – “Vi como as coisas correram muito mal para a nossa equipa taticamente. Tínhamos três homens na frente, a lógica seria fazer com que os homens da frente desistissem para salvaguardar o lugar do líder, mas demorou muito essa ação” – Lefevere não quis culpabilizar diretamente nenhum dos seus homens, encontrando circunstâncias atenuantes.

“O percurso passou pelo Parque Natural de Izki, onde não há rede de comunicações. Além disso, o grupo da frente e o pelotão estavam muito afastados um do outro, fazendo com que os rádios não funcionassem. O resultado foi um espetáculo de *****”, justificou o belga.

“Mattia Cattaneo teve a hipótese de vencer a etapa na frente, mas disseram-lhe para esperar. Para finalmente chegar a Landa numa altura em que o ‘vitelo já se tinha afogado’…”, continuou a analisar Lefevere, antes de lamentar e até criticar a falta de meios tecnológicos postos em prática no ciclismo moderno.

“É doloroso ver o quanto estamos a resistir à tecnologia. Tranquilizei o Iljo [Keisse, diretor desportivo da Quick-Step]: o problema não vem dos chefes de equipa. O problema é o ciclismo, onde as autoridades competentes querem que naveguemos às cegas. Como a Fórmula 1 abraça a tecnologia e como a afastamos: é doloroso de ver”, concluiu Patrick Lefevere.

PUB

Crédito da imagem: https://x.com/soudalquickstep/status/1831360382621167850/photo/1