Considerado por muitos observadores, companheiros e adversários, como o grande favorito da prova de estrada dos campeonatos do mundo, que terá lugar em Wollongong, na Austrália, este domingo, Wout Van Aert revela a estratégia que considera mais acertada para a seleção da Bélgica, também tida como uma das mais fortes na competição.

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“O percurso aconselha a que se não se deva desperdiçar muita energia ao longo das muitas voltas e passagens pela subida maior”, refere o belga que recentemente prolongou o seu contrato com a Jumbo-VIsma até 2026, e que nestes mundiais dividirá a liderança com Remco Evenepoel.

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“Normalmente tenho um sprint melhor do que Remco, mas ele pode atacar de mais longe. Temos de aproveitar o facto de podermos estarmos os dois na fase final. Temos de manter ambas as opções em aberto até bastante tarde, até mais tarde possível. Toda a gente espera que eu vá para o sprint, mas talvez possa antecipar esse momento. Ou o Remco”, esclarece Van Aert.

“Temos uma equipa forte. O Mundial é o meu maior objetivo para o outono e seria bom vencer, mas também há 150 corredores que querem exatamente o mesmo. Por isso, com certeza não será fácil ganhar”, diz o corredor de 28 anos.

Evenepoel: “amo trabalhar juntos”

Dez após a consagração de Philippe Gilbert, a Bélgica tem boas hipóteses de conquistar o título mundial de fundo, contando com dois corredores apontados ao título: Wout van Aert e Remco Evenepoel. Mas será que as duas estrelas conseguirão cooperar em Wollongong, ao contrário do que sucedeu em 2021 quando a competição se disputou em Lovaina, no seu país?

A situação agora parece ser diferente este ano… Pelo menos, é o que ambos dizem. “Conheço as qualidades do Wout [van Aert], ele conhece as minhas. Podemos trabalhar perfeitamente juntos na fase final”, explica Remco Evenepoel em conferência de imprensa conjunta com aquele companheiro de equipa.

“Estou com um pouco mais de energia do que na semana passada [logo após a Vuelta a Espanha] e também estou a dormir melhor, mais adaptado ao novo fuso horário e ao jet lag. Estou totalmente focado em alcançar bom resultado com a equipa”, explica o jovem corredor da Quick-Step Alpha Vinyl.

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O recente vencedor da Volta a Espanha também falou sobre o aspeto tático da corrida: “Os franceses parecem ser os nossos maiores adversários. Michael Matthews também é um favorito e há sempre Mathieu van der Poel e Tadej Pogacar. Mas não estamos a olhar especificamente para um corredor. Não somos os únicos que têm de controlar a corrida. Estou a pensar em Itália, França, Países Baixos. Todos os olhos estarão voltados para a nossa equipa, mas temos de manter a calma e trabalhar juntos. Temos de evitar situações como no ano passado”, finaliza.

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Fotos: UCI e BelgiamCyclingTeam

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