Uzbequistão envolvido em escândalo por mais pontos para os Mundiais e Jogos Olímpicos

O ciclismo do Uzbequistão tem estado debaixo de fogo nos últimos dias. A respetiva federação terá literalmente inventado provas e resultados para tentar ter mais pontos. O objetivo era a qualificação para os Mundiais e para os Jogos Olímpicos.

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No entanto, a UCI o esquema alegadamente orquestrado pela federação do Uzbequistão e terá apagado todos os respetivos resultados dos campeonatos nacionais, que terão acontecido em maio. Suspeita-se que o vencedor dos nacionais de contrarrelógio tenha feito grande parte da prova… agarrado a uma mota.

Edgar Nieto, ciclista da Matrix Powertag, em declarações ao jornal Marca, afirmou que “o vencedor do contrarrelógio nunca tinha ficado nos 17 primeiros em nenhuma corrida”. No entanto, nessa respetiva prova o ciclista venceu o contrarrelógio com três minutos de vantagem.

“Carregou os seus dados no Strava todos os dias e nesse dia não carregou nada. O facto do campeonato ter sido inventado já era conhecido há quase um mês. Havia várias provas e no dia de descanso (12 de maio) registaram a corrida de estrada, mas não era verdade. Toda a gente estava no hotel. Descobriu-se que tinham inventado tudo. Alguém deve ter-se queixado à UCI”, disse Edgar Nieto.

Apesar deste enorme escândalo na tentativa de beneficiar o país e os seus ciclistas no apuramento para os Mundiais e Jogos Olímpicos, segundo o ciclista da equipa japonesa da Matrix Powertag este não é o primeiro escândalo em que os uzbeques estão envolvidos. “Os estrangeiros recebem falsas informações, colocando-os em desvantagem em relação aos locais”, alega.

A Federação do Uzbequistão enviou os resultados à UCI como se tratassem de duas provas diferentes, sendo que, devido a serem campeonatos nacionais, acabou por não haver árbitros internacionais. “Quanto à questão da classificação, a UCI apenas retirou os pontos, mas, para já, parece que não há mais sanções”, refere o ciclista espanhol.

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