Na primeira parte deste especial sobre potenciómetros demos mais atenção às características técnicas destes equipamentos e nos diferentes tipos que existem nas bicicletas de hoje e do passado.
Agora, a ideia passa por abordar alguns aspetos mais subjetivos, digamos assim. Ou seja, o que os potenciómetros trazem de bom a quem pedala com eles, quais os aspetos positivos e menos positivos…
Os potenciómetros são (mesmo) precisos?
Talvez por não terem acompanhado o ciclismo desde os tempos mais iniciais, os potenciómetros podme não ser considerados imprescindíveis, obviamente. Mas a evolução destas tecnologias faz com que sejam um instrumento fantástico no acompanhamento da performance do ciclista.
Sob o nosso ponto de vista, podemos enumerar os seguintes motivos para decidirmos instalar um potenciómetro na bicicleta (ou comprar uma que já o traga instalado de origem):
- Melhora o rendimento do ciclista e otimiza o treino, fornecendo dados objetivos de eficácia: conhecemos com exatidão a “produtividade” do treino.
- Permite trabalhar especificamente a cadência.
- Dá mais controlo quando se tenta evitar o treino excessivo (algo bastante comum atualmente).
- Deixa avaliar o nosso nível de condição física: podemos ficar conscientes das melhorias com informação precisa e objetiva.
- Permite calcular e controlar o ritmo que devemos manter numa determinada prova, independentemente de fatores externos como a temperatura, o vento, a chuva…
- Se queremos treinos de qualidade, aumenta a nossa motivação para atingirmos resultados positivos.
Desvantagens de usar um potenciómetro?
- Como em tudo, o excesso de importância dada à informação que é recolhida pelo potenciómetro pode levar-nos a deixar de pensar corretamente… O controlo da potência pode tornar-se uma obsessão e retirar-nos prazer das voltas de bicicleta… No momento em que deixamos de nos divertir, a aposta no potenciómetro deixa de ser positiva.
- O acréscimo de maior complexidade (mecânica e psicológica) a um desporto baseado na simplicidade pode ser um fator que nem todos estão dispostos a assumir.
- A dificuldade na utilização de alguns dispositivos do género, que implicam uma curva de aprendizagem demasiado elevada tendo em conta tratar-se apenas de um dispositivo eletrónico…
- O aumento de peso que o dispositivo traz à bicicleta; embora por vezes este seja mínimo, este pode ser outro argumento contra na sua utilização.
- Embora cada vez encontremos uma maior oferta em termos de preços, continua a ser um equipamento que exige um investimento relativamente elevado.
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Artigo redigido por José Escotto e editado por Jorge Lopes. Caso detetes algum erro ou tenhas informação adicional que enriqueça este conteúdo, por favor entra em contacto connosco através deste formulário.
Fotos e agradecimentos: Canyon