Rolos de treino no ciclismo? São fundamentais para escapar ao mau tempo no inverno, para manter a consistência do treino todo o ano e para… ir ao pormenor de cada variável…?!

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Não haja dúvidas de que são um item importante para quem leva o ciclismo um pouco mais a sério… No entanto, existem à venda tantas opções e soluções (como os direct drive, os wheel-on, os rolos livres…) que a escolha deixa de ser óbvia.

Para muitos ciclistas, o dilema não está apenas no preço, está na forma como cada sistema molda o treino, a sensação simulada de estrada e até a motivação ao longo das semanas.

Direct drive, wheel-on ou livres?

Para perceber qual pode ser o rolo certo para nós, é importante perceber a forma como cada um deles transfere potência, reproduz resistência e interage com o ciclista.

Rolos wheel-on

Nos rolos wheel-on, a roda traseira da bicicleta assenta num cilindro que gera resistência. São fáceis de guardar, montar e transportar, e a estrutura é menos exigente em termos de espaço.

O ponto menos positivo está na precisão da potência. Esta varia consoante o nível do aperto, da pressão do pneu e do estado da borracha. Outro ponto a destacar é o nível de ruído, inevitavelmente mais alto.

São a melhor opção para ciclistas iniciantes. Para quem utiliza o rolo apenas como complemento ocasional ou para quem procura um treino regular sem necessidade de métricas muito rigorosas.

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Rolos direct drive

Neste sistema, a bicicleta fica montada diretamente no rolo, substituindo a roda traseira, o que reduz de forma significativa o ruído e aumenta a precisão da potência.

Os sensores internos medem os watts com margens de erro cada vez menores, e a ligação às plataformas virtuais permite simular inclinações, acelerações e mudanças de ritmo.

Os direct drive são particularmente adequados para ciclistas que treinam com métricas como zonas de potência, variações estruturadas, intervalos curtos ou para quem pretende manter uma progressão consistente ao longo do ano.

Para o ciclista amador competitivo, para quem segue um plano estruturado ou prepara provas com exigência de ritmo, esta é quase sempre a escolha mais equilibrada.

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Rolos livres

Os rolos livres dispensam qualquer tipo de fixação, a bicicleta rola em cima de três cilindros, obrigando o ciclista a manter o equilíbrio durante todo o treino. A ausência de suporte recria sensações muito próximas da estrada, sobretudo no controlo lateral, estabilidade e suavidade.

Apesar de não serem a escolha de quem procura simulações virtuais ou métricas, os rolos livres continuam a ser uma ferramenta valiosa para ciclistas orientados para a técnica e cadência.

São particularmente úteis para treinos de agilidade, recuperação ativa e treinos curtos. Para quem compete em pista ou circuitos como BTT e XCM continuam a ser insubstituíveis.


Crédito das imagens:
Arquivo Goride, Cycplus, Zycle

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