A Quick-Step Alpha Vinyl confirmou o que era esperado: a ausência de Julian Alaphilippe do alinhamento para o Tour de França. O francês, que regressou à competição no último fim de semana, no campeonato nacional de fundo do seu país, após ter recuperado da grave queda na Liège-Bastogne-Liège, que lhe causou vários fraturas e pneumotórax, falhará a corrida, tal como Mark Cavendish, apesar de se ter sagrado no domingo campeão britânico de fundo.

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A formação belga, liderada por Patrick Lefevere, apostará no velocista Fabio Jakobsen, que soma dez vitórias esta temporada, e na sua primeira participação do Tour tentará acrescentar a triunfos em etapas a camisola verde da classificação por pontos. Ao seu lado, o neerlandês terá o melhor lançador do pelotão, Michael Morkov.

Completam o oito da Quick-Step Kasper Asgreen, Andrea Bagioli, Mattia Cattaneo, Tim Declercq, Yves Lampaert e Mikkel Honoré, corredores que também terão oportunidades de lutar por vitórias em etapas. Andrea Bagioli e Mikkel Honoré também se estrearão na ronda francesa.

“Os trepadores e os corredores ofensivos terão muitas oportunidades, ao contrário dos velocistas, que terão de lutar em muitas etapas de montanha contra o tempo limite. Em geral, a corrida tem algo para todos, e é por isso que escolhemos uma equipa equilibrada”, diz o diretor desportivo da Quick-Step Alpha Vinyl, Tom Steels.

Os suplentes da equipa – em caso de algum problema de última hora com algum dos selecionados – são Florian Sénéchal e Mark Cavendish, dois ciclistas que se sagraram campeões nacionais, respetivamente, de França e Grã-Bretanha, este fim-de-semana. “Temos de dizer que mostraram muito profissionalismo, continuaram a treinar e concentrados nas últimas semanas, e ainda tiveram duas vitórias no Nacional”, refere Steels, que não deixou de se pronunciar sobra a maior de todas as ausências…

Foto Stuart Franklin/Getty Images

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“A decisão de deixar Julian [Alaphilippe] em ‘casa’ foi muito difícil, pois é um dos corredores mais emblemáticos da equipa e do pelotão e tivemos ótimos momentos juntos no Tour. Julian trabalhou duro para regressar à sua melhor forma depois do que aconteceu na Liège, mas para alguém como ele, poder competir com os melhores, é fundamental, por isso decidiu-se dar-lhe mais tempo para se recuperar, para que esteja a 100% na segunda parte da temporada”, explica Tom Steels.

Julian Alaphilippe, que não fará o Tour pela primeira vez desde 2017, admitiu o seu sentimento com o revés. “Estou desapontado. Tenho um carinho especial por esta prova, desde os meus dias com a camisola amarela nas últimas três épocas, as minhas vitórias em etapas e muitas outras boas recordações. Perder mais uma oportunidade de vestir minha linda camisola arco-íris no meu país é muito triste para mim, mas sabia que a decisão seria difícil para a equipa. Ao mesmo tempo, entendo perfeitamente, porque também não queria participar se não pudesse estar ao meu melhor nível. Quero desejar boa sorte aos meus companheiros de equipa, sei que farão o possível para fazer uma ótima corrida. Agora vou concentrar-me em voltar à minha melhor forma, porque estou motivado para realizar uma boa segunda parte da temporada”, afirmou o corredor de 30 anos.

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