Lizzie Deignan (Trek-Segafredo) inscreveu o seu nome na história do ciclismo ao vencer a primeira edição do Paris-Roubaix Feminino, com um ataque de muito longe. A britânica destacou-se a 82,5 quilómetros da meta no mítico Velódromo de Roubaix, ainda antes do primeiro dos 17 setores do pavé e construiu uma vantagem suficiente para evitar que poderosas perseguidoras a alcançassem.

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Entre estas, Marianne Vos (Jumbo-Visma) acelerou apenas a 20 km do fim, ainda diminuiu rapidamente a diferença de 2:00 minutos para 1:17 nos cinco quilómetros seguintes, mas Deignan reagiu, e no final do último setor de pavé, a 6,8 quilómetros da chegada, fixou a vantagem em pouco mais de 1 minuto.

Vos ficou em segundo lugar, enquanto a colega de equipa de Deignan, Elisa Longo Borghini completou o pódio, segurando o terceiro posto da aproximação final de Lisa Brennauer (Ceratizit-WNT). Marta Bastianelli (Alé BTC Ljubljana) venceu o sprint de um pequeno grupo pelo quinto lugar.

“Estou muito emocionada”, disse Deignan, no final. “Não sei, estou tão feliz, muito orgulhosa. Não posso acreditar que aconteceu…”, rejubilou a inglesa.

“O ciclismo feminino está num ponto de viragem, e vimos isso hoje. Hoje faz-se história. Estamos a provar que há interesse pelo ciclismo feminino e que as atletas podem competir numa das corridas mais difíceis do mundo, e estou orgulhosa por poder dizer que sou a primeira vencedora”.

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Deignan explicou a sua iniciativa em solitário, tão longe da meta: “Não era esse o meu plano. Precisava estar na frente no primeiro setor de pavé para proteger as minhas líderes. Olhei para trás após os primeiros metros desse setor criou-se um espaço e pensei, ‘bem, pelo menos, se estou na frente, elas têm de me perseguir’, por isso continuei”, disse a corredora da Trek-Segafredo.

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