O diretor geral da Quick-Step – ainda Alpha Vinyl em breve Soudal -, Patrick Lefevere, chegou a Espanha esta segunda-feira para observar a sua “alcateia” (como se autodefine a formação belga), que está concentrada em estágio de preparação para a temporada de 2023, em Calpe.

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Como sempre muito assertivo nas suas declarações, Lefevere aproveitou a ocasião para fazer algumas considerações, no mínimo veementes, sobre o seu corredor Julian Alaphilippe, no seguimento de uma temporada em que o francês, bicampeão mundial, passou por momentos conturbados – incluíndo uma queda com consequências graves – e com escassos resultados de nota.

 

Em entrevista ao jornal belga The Last Hour, o chefe da Soudal-Quick Step no próximo ano não poupou Alaphilippe no lançamento da nova época. “Quero que ele se recupere. Ele deve-me… vingança. Julian tem salário de campeão, mas tem de mostrar que ainda o é”, declarou com a mordacidade de sempre, sem hesitar em picar o orgulho do ciclista de 30 anos e que tem mais dois de contrato com a equipa.

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“Que já não seja campeão do mundo [o seu companheiro de equipa Remco Evenepoel sucedeu-o], não me importa, mas nos últimos anos não ganhou muito [apenas duas vitórias em 2022]”, continuou Lefevere. “Sim, teve muito azar [referindo-se aos incidentes], mas são sempre os mesmos que têm sorte e os mesmos que têm azar…”, acrescentou, como sempre cáustico.

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Apesar de tudo, o carismático dirigente desportivo quer continuar a confiar nas qualidades de um dos líderes da equipa, confirmando que Alaphilippe tem em mira a campanha de clássicos da Flandres de 2023. “Se tudo correr bem, fará as corridas flamengas, incluindo a Volta a Flandres. Relembro ainda que se não se pendurar numa moto como em 2020, na sua primeira participação, pode apontar à vitória”, afirmou Lefevere, sem moderar o tom.

Julian Alaphilippe revelou as principais linhas do seu programa de 2023 há algumas semanas, com dois objetivos claros em mente: a Volta a França, que falhou na última temporada pela primeira vez desde 2017, e, precisamente, o monumento da Volta a Flandres.

“Flandres é uma corrida dolorosa, fisicamente e mentalmente exigente, mas é uma corrida que adoro correr […] O Tour? Realmente, quero voltar em 2023 e fazê-lo na minha melhor forma. O Tour é único. Quando se está em boa forma e tudo a correr bem, é desfrutável. Tudo o que se faz no Tour causa uma emoção especial”, referiu o corredor francês.

Foto: Facebook Quick-Step Alpha Vinyl

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