Juan Ayuso testou positivo à covid-19, mas após um PCR confirmar o resultado do primeiro teste, foi determinado que a carga viral não é infecciosa. O ciclista está assintomático. Tal permite que o espanhol da UAE Team Emirates possa continuar na Vuelta.

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Mais de 20 ciclistas já deixaram a corrida devido a testes positivos, incluindo Simon Yates (BikeExchange-Jayco), Pavel Sivakov (INEOS Grenadiers) e Sam Bennett (Bora-Hansgrohe).

“Segundo os nossos protocolos internos, Juan Ayuso submeteu-se a um teste ao coronavírus e, esta manhã, deu positivo. Está assintomático e após analisar um teste PCR, encontramos um baixo risco de infeção”, explicou o médico da equipa, Adrian Rottunno.

O responsável afirmou ainda que foram consultados os representantes médicos da organização da Volta a Espanha e da UCI, antes de ser tomada a decisão de Ayuso continuar em prova. “Seguiremos de perto a sua situação [clínica]”, salientou Rottunno.

Ayuso já se havia de queixado de sintomas que poderiam indicar estar infetado antes do contrarrelógio de terça-feira. Porém, os testes que então realizou deram negativos.

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Ao jornal As, Ayuso garantiu que se sente bem: “O que aconteceu de manhã foi uma surpresa, mas quero continuar em prova e vou continuar a lutar”, referiu.

O diretor desportivo Joxean Fernández Matxín já não contava com o seu jovem ciclista (19 anos) e quinto classificado na Vuelta, a 4:53 do líder Remco Evenepoel (Quick-Step Alpha Vinyl), antes de receber a notícia que afinal o espanhol – estreante numa grande volta – poderia partir para a 13ª etapa.

Matxín recordou outros casos que já aconteceram na equipa, incluindo o de João Almeida no Giro. O português foi forçado a abandonar e uma das razões foi precisamente a carga viral ser contagiosa.

Já no Tour, a UAE Team Emirates viveu situação idêntica com Rafal Majka. O polaco deu positivo, mas a baixa carga viral permitiu que continuasse em prova.

Com tantas saídas da Vuelta devido à covid-19, o diretor da prova, Javier Guillén, explicou à RTVE que nem sempre é possível determinar a carga viral a tempo da partida para a etapa.

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“O problema é que quando um caso positivo é detetado de manhã, não há tempo para ter os resultados dos [testes] PCR antes da etapa começar. Teríamos de deixá-los começar sem saber a carga viral e elas [as equipas] não estão dispostas para fazer isso”, referiu o responsável, numa entrevista no início da semana.

Fotografia principal: PH. Fizza/UAE Team Emirates

Restantes fotografias: Sprint Cycling Agency/UAE Team Emirates e PH. Fizza/UAE Team Emirates

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