Este domingo, celebra-se o regresso da Volta a França, 35 anos depois, ao mítico Puy de Dôme, prometendo elevar a lenda da montanha vulcânica do Auvergne com mais um provável duelo entre Tadej Pogacar e Jonas Vingeggard, os incomparáveis protagonistas deste Tour 2023.

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A temível subida de 13,3 quilómetros e os últimos quatro a uma inclinação média de 11%, no Maciço Central, não faziam parte do Tour desde 1988, quando dinamarquês Johnny Weltz venceu a etapa no seu cume.

“É muito, muito íngreme, creio que nunca fiz uma subida como esta. Não há descanso em toda a ascensão e não tem curvas fechadas, o que obriga a manter constante a força nos pedais, a nunca os aliviar”, descreveu o dinamarquês, camisola amarela e vencedor da edição de 2022 do Tour.

O rival Tadej Pogacar afirma que o Puy de Dôme “será uma novidade para todos, um dia especial. A subida é muito dura e fará uma seleção fina de valores”.

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O Puy de Dôme imortalizou-se no Tour após o eletrizante duelo travado nas suas rampas pelos franceses Jacques Anquetil e Raymond Poulidor, no penúltimo dia da edição de 1964. Os dois ícones do ciclismo, bateram-se, lado-a-lado, até que Anquetil, envergando a camisola amarela, cedeu no último quilómetro. Para o arquirrival ficou a glória do momento, mas Anquetil pôde manter a liderança da corrida por 14 segundos e conquistar a sua quinta (e a sua última) vitória no Tour.

A lenda do Puy de Dôme no Tour nasceu em 1952, logo na estreia, quando o célebre italiano Fausto Coppi reforçou o seu domínio nesse ano com uma vitória esmagadora na etapa que terminou no cume da montanha.

Mas a fama do Puy de Dôme não se fez só de glória. Em 1975, Eddy Merckx foi vítima de uma agressão (um murro nos rins) de um espectador, causando-lhe uma lesão de que não recuperou e contribuiu para ter perdido, dois dias depois, a Volta a França para o francês Bernard Thévenet e a última vez que o grande campeão belga envergaria a camisola amarela no Tour.

Onze anos depois, o norte-americano Greg LeMond venceu o francês Bernard Hinault, numa luta de corredores da famosa La Vie Claire, impondo-se quase um minuto no alto, a caminho da vitória no Tour de 1986.

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Imagens: UAE Emirates e Jumbo-Visma Twitter

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