Pouco a pouco, e numa temporada marcada pela regularidade, o espanhol David Valero foi reduzindo pontos na diferença que tinha para os atletas que estão no topo da geral da Taça do Mundo de XCO da UCI deste ano. A uma etapa do fim, está em 2º na geral a apenas 125 pontos do líder e “todo poderoso” Nino Schurter.

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Não apenas por “contágio” por parte dos nossos colegas de redação espanhóis no GoRide, mas também por admiração pela performance demonstrada por David, estamos entusiasmados com esta possibilidade! Esta ascensão do atleta espanhol na elite do XCO mundial pode ser a motivação final para a prova de Val di Sole, em Itália, a disputar de 2 a 4 de setembro. Vai ser preciso muita garra, zero falhas e… sorte! Passamos a explicar…

A diferença para com Schurter parece escassa, mas pelo meio está o “factor XCC”, no qual David tem desvantagem para o veterano suíço. Apesar da recente queda na prova de XCC em Snowshoe, Schurter tem tido bons resultados nesta vertente, provas que decorrem a cada 6ªfeira de cada etapa. E estas corridas também contribuem com pontos para o ranking geral.

O espanhol prima pela “humildade” em cada corrida. Geralmente não arranca forte, vai sim ganhando posições volta a volta. Quanto mais extensa a prova, melhor. E quanto mais lama e chuva, melhor também, aparentemente. É por isso, por fazer as corridas “de trás para a frente”, que o Short Track (XCC) não é o seu forte e não tem ajudado David a somar mais pontos.

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O XCC (Short Track) é importante

Esta disciplina foi introduzida em 2018 e soma pontos na geral. O vencedor do XCC recebe 80 pontos, ao passo que o vencedor do XCO recebe 250. Mais: o resultado no XCC de 6ªfeira determina depois a posição de saída na prova de XCO, no domingo de cada etapa. A linha de partida tem oito metros de largura e acolhe apenas oito atletas na linha da frente…

Os primeiros 24 classificados no XCC saem na frente ao domingo no XCO. Logo atrás os atletas são ordenados pelo seu ranking geral, enquanto as outras posições são decididas por sorteio.

Pontos atríbuidos na corrida de XCC:

1 ° = 80 pts // 2 ° = 65 // 3 ° = 50 // 4 ° = 40 // 5 ° = 38 // 6º = 37 // 7º = 36 // 8º = 35 // 9º = 34 // 10º = 33 // 11º = 32 // 12º = 31 // 13º = 30 … etc.

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O que tem de acontecer?

Imaginemos, antes de mais, que Schurter não pontua na prova de XCC, como aconteceu na sua última queda… O circuito italiano de Val di Sole é bastante duro, muito ao jeito de David, pelo que a possibilidade existe efetivamente…

Se Schurter tiver um dia mau no XCO também, ficando na 7ª posição ou mais atrás, e se David vencer a prova, o título vai para Espanha e para a equipa BH Templo Cafés UCC. Repetimos: este cenário não contempla eventuais pontos conseguidos na corrida de XCC…

Os pontos atríbuidos na prova de XCO:

1 ° = 250 pts // 2 ° = 200 // 3 ° = 160 // 4 ° = 150 // 5 ° = 140 // 6º = 130 // 7º = 120 // 8º = 110 // 9º = 100 // 10º = 95 // 11º = 90 // 12º = 85 // 13º = 80 … etc.

Há que reconhecer que a tarefa do espanhol não é fácil, até porque está dependente de um eventual azar de Schurter. E o suíço andará com “cabeça”, sem correr riscos desnessários, certamente. Mas nunca pensámos que David Valero estaria nesta posição a uma etapa do final, por isso é acreditar!

E relembramos que, além da capacidade do atleta e da sua equipa de apoio, também a bicicleta conta muito. E David conta com a fantástica BH Lynx Race, que tão bem conhecemos, ainda para mais na sua versão mais recente e otimizada de todas!

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Fotos: Bartek Wolinski / Red Bull Content Pool // BH Templo Cafés UCC // RFEC

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