O esperado fim de semana da edição 75 do Critérium du Dauphiné chegou e logo ao primeiro dia, na etapa rainha (7.ª), com passagem pelo célebres Col de la Madeleine (24,8 km a 6,1%), Col du Mollard (18,3 km a 5,7%) e final no não menos mítico Col de la Croix de Fer (13,1 km a 6,1%), sem surpresa, Jonas Vingegaard tudo levou!
Mais uma vez impressionante, o dinamarquês arrasou a concorrência, com um desempenho mais do que suficiente para conquistar a sua 2.ª etapa nesta corrida e consolidar a liderança na classificação geral.
🏆🇩🇰 Victoire de prestige en haut du col de la Croix de Fer pour Jonas Vingegaard
🏆🇩🇰 Prestigious victory for Jonas Vingegaard at the summit of the Croix de Fer #Dauphiné pic.twitter.com/9fZ9lvYnVw
— Critérium du Dauphiné (@dauphine) June 10, 2023
A contenda decidiu-se, como previsto, na Croix de Fer e mais propriamente nos últimos 6 kms, a uma inclinação média de 8,2%. Na primeira fase da ascensão, a Jumbo-Visma manteve um ritmo constante, não sufocante no pelotão: mas, logo que se entrou nas grandes percentagens, Tiesj Benoot e Attila Valter meteram toda a gente no vermelho.
🚀 Attaque de 🇩🇰 Jonas Vingegaard qui part en solitaire ! 💛
🚀 🇩🇰 Jonas Vingegaard attacks and goes solo! 💛#Dauphiné pic.twitter.com/UBwJT9w5n9
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E é o jovem húngaro a explodir o já selecionado grupo principal, reduzindo-o a meia dúzia de unidades, com o seu companheiro Vingegaard na sua roda.
A 5 km da meta, no alto de La Croix de Fer, Vingegaard atacou e, após um esgar de reação apenas de Adam Yates (UAE Emirates), o nórdico seguiu sozinho e imparável para a vitória, aumentando paulatinamente a vantagem até ao cume da montanha.
🏁 🇩🇰Jonas Vingegaard s’impose en solitaire au Col de La Croix de Fer. 💛
⏪ Revivez le dernier kilomètre.🏁 🇩🇰Jonas Vingegaard wins solo on the Col de La Croix de Fer. 💛
⏪ Relive the last kilometre.#Dauphiné pic.twitter.com/oT81ki6mY3— Critérium du Dauphiné (@dauphine) June 10, 2023
O britânico encontrou o seu ritmo e manteve-se em posição intermédia, a 41 segundos de Vingegaard e 12 segundos à frente do primeiro de dois australianos: Jai Hindley (BORA-hansgrohe) – mais 53 s do que o vencedor e 23 s do segundo ‘aussie’ – e Ben O’Connor (AG2R Citroën) – mais 1.04 m do que Vingegaard. Estes fizeram uma boa subida, acelerando a partir do grupo perseguidor.
Todavia, este, que era integrado por Max Poole (DSM), Jack Haig (Bahrain), Guillaume Martin (Cofidis), Torsten Traeen (Uno-X), Daniel Martinez (Ineos), Louis Meintjes (Intermarché) e Carlos Rodrigues (Ineos), cruzou a meta apenas 6 segundos após aquele último australiano.
Destaque pela negativa para os espanhóis Enric Mas (Movistar) e Mikel Landa (Bahrain), e para o equatoriano Richerd Carapaz (EF Education), que perderam, respetivamente, 2.49, 5.56 e 2.10 minutos para Vingegaard.
No final, Jonas Vingegaard falou sobre a sua vitória. “Senti-me bem. Por isso queria lutar pela vitória na etapa. Os meus companheiros andaram muito rápido durante toda a etapa e estou satisfeito por recompensar o seu trabalho com esta vitória”, começou por dizer, revelando um pouco da estratégia para o êxito.
“Tínhamos decidido que Tiesj Benoot e Attila Valter iam puxar forte na segunda parte da Croix de Fer porque a subida é muito íngreme. Quando eles não aguentaram mais, tive de partir para o ataque, aconteceu e pude isolar-se”.
Salvo algum acidente, Jonas Vingegaard vai vencer o Critério do Dauphiné, uma expectativa que agrada ao dinamarquês. “É uma das maiores corridas do mundo. Seria uma honra vencer”.
O vencedor da Volta a França de 2022 já parece apto a competir pela revalidação do ‘título’, mas… “Creio que ainda não estou na minha melhor forma. Ainda tenho trabalho a fazer para chegar lá”, admite Vingegaard.
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Imagens: Team Jumbo-Visma e Critérium Dauphiné Twitter