Como funciona a nova suspensão da Trek Slash 6 Gen [com vídeo]

O sistema de suspensão que a nova Trek Slash 6 Gen utiliza não é propriamente novidade… A título de exemplo, a própria marca norte-americana apresenta um modelo de suspensão semelhante na Trek Session de downhill…

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Também outras marcas têm apostado em algo semelhante há mais tempo, mesmo na categoria de enduro, em que recentemente as coisas pareciam ligeiramente estagnadas. Felizmente, a Trek  disponibiliza sempre uma grande quantidade de informações sobre as suas bicicletas e as tecnologias nelas aplicadas, algo que permite ver vídeos como o que está neste artigo…

Portanto, aproveitando as informações da marca norte-americana, vamos aprofundar um pouco este sistema, que promete revolucionar um pouco o mundo do enduro e que, como não poderia deixar de ser, também traz consigo um desempenho excecional, refere a Trek.

Sistema de suspensão com ‘pivô alto’

É verdade que, ao observar o conjunto de componentes deste sistema, o elemento mais influente é, na verdade, aquele que passa mais despercebido à primeira vista: a posição elevada do pivô (eixo da suspensão traseira).

De acordo com as explicações da própria marca, este pivô altera o arco percorrido pelo eixo da roda traseira quando a suspensão é comprimida: este move-se para trás em relação ao arco percorrido pelo sistema anterior, o mais convencional.

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Deste modo, a roda consegue “ler” melhor o terreno: poderíamos dizer que a mesma se aproveita da inércia criada pelas imperfeições do terreno em vez de as enfrentar diretamente, o que reduz a sensação de “flutuação”…

Além disso, este sistema de pivô elevado permite um pedalar eficiente em terrenos acidentados, já que a roda traseira fica mais próxima do solo, melhorando significativamente a tração. Subir pendentes mais íngremes será também mais fácil… Isto pelo que indica a Trek.

Não há recuo da corrente…

Conhecido também como o kickback pedal, este recuo, além de ser inconveniente nos trilhos, coloca constantemente pressão nas pernas. A Trek garante ter resolvido o problema com as roldanas de tensão dispostas tanto na parte superior como na parte inferior.

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“Embora a trajetória do eixo para trás aumente a distância entre o eixo traseiro e os pedais, não aumenta a distância entre o eixo e o pivô principal elevado. Portanto, ao guiarmos a corrente ao redor dessa roldana de tensão, eliminamos o efeito do recuo do pedal”, afirma o fabricante.

Estas roldanas fazem exatamente o que o nome sugere: tensionam a corrente quando a suspensão é comprimida, evitando assim o retrocesso da corrente e garantindo que os braços do pedaleiro permanecem no mesmo lugar, mesmo quando o sistema de suspensão é comprimido.

A Trek Slash também é comercializada na versão de alumínio e o sistema de suspensão funciona de igual forma.

A toda esta tecnológia juntam-se duas variáveis que, de acordo com a Trek, contribuem para um desempenho de topo. Por um lado, a inclusão de uma configuração mullet torna a roda traseira mais reativa; por outro, com uma melhor leitura do terreno, a Trek Slash 6 Gen promete ser uma bicicleta mais ágil. Além disso, o amortecedor traseiro pode ter mais curso, neste caso acima dos 170 mm.

A geometria bastante agressiva e quase ao nível das bicicletas de downhill pode fazer com que a bicicleta se torne mais segura nas descidas. De série, o ângulo de direção é de 63,5º. Além disso, estão também disponíveis, e em opção, diferentes caixas de direção para personalizar o ângulo de acordo com as preferências pessoais de cada rider (+-1º).

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A nova Slash parece “esticar-se” e dar um passo à frente da concorrência direta. Ainda que este design de suspensão já tenha sido “avistado” noutras bicicletas de enduro…

Por exemplo, a Cannondale já o introduziu na sua Jekyll (com um pivô elevado, embora não tanto como o da Slash) e a GT na sua Force… A Trek adota agora este sistema, pelo que ficamos à espera de ver o que fará a seguir a concorrência…

Mais info:

• www.trekbikes.com

Imagens: Trek