Com 271 kms de extensão e com um traçado técnico e de características citadinas, a prova de fundo do Campeonato do Mundo de Ciclismo 2023, com início em Edimburgo, vai contar com quatro corredores nacionais muito experientes à partida: João Almeida, Rúben Guerreiro, Nelson Oliveira e André Carvalho.
José Poeira, selecionador nacional, teceu hoje alguns comentários sobre as possíveis previsões para o quarteto português. “O percurso do circuito final é muito técnico, cheio de viragens e não tem a dureza que gostaríamos. A maior dificuldade – e o maior segredo – para um bom resultado será a correta colocação ao longo de toda a corrida. As constantes viragens dentro do circuito vão acabar por partir o pelotão, mais pelas questões de colocação do que por outra coisa”, afirma.
“Temos uma equipa experiente e habituada a provas com esta extensão e exigência. Acredito que os nossos ciclistas serão capazes de se colocarem bem e de estarem atentos a alguma oportunidade que nos permita contrair o natural favoritismo dos sprinters”, acrescentou José Poeira.
Com um percurso mais ao gosto dos sprinters, as oportunidades podem ou não surgir ainda na fase inicial da corrida, o que combinado com o percurso em si não favorece muito a equipa lusa.
A partida será às 9h30 de Edimburgo e a chegada em Glasgow. A fase de ligação ao circuito endurece nos seus últimos 5.800 metros, com algumas pendentes que podem selecionar o pelotão à entrada do circuito.
Após a entrada, são 14 voltas que perfazem cerca de 143 kms de corrida até final. O último km conta com uma rampa de 200 metros e 10,8% de pendente média, com zonas a 14%, podendo ser esta a zona decisiva para um possível grupo que chegue a esta fase já destacado. José Poeira relembra ainda que, dadas as condições técnicas do percurso, a corrida pode tornar-se ainda mais imprevisível com a previsão de chuva.
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Imagens: Federação Portuguesa de Ciclismo // redes sociais João Almeida