A UCI cedeu. Depois do polémico sistema de pontos que levou a que pela primeira vez houvesse um ranking de subidas e descidas de escalão no ciclismo, o organismo que tutela a modalidade anunciou que irá mudar as regras, dando mais importância às corridas World Tour. Mas não só…

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A partir de 1 de janeiro e para os próximos três anos, Volta a França, Itália e Espanha terão maior peso na atribuição de pontos, não só a nível de geral, mas também no que a classificação nas etapas diz respeito.

Os cinco monumentos – Milano-Sanremo, Volta a Flandres, Paris-Roubaix, Liège-Bastogne-Liège e Lombardia – terão uma “categoria especial”, segundo refere a UCI no comunicado. Tal significa que estas corridas terão mais pontos disponíveis do que outras provas de um dia do World Tour.

Também haverá um reforço na pontuação nas provas por etapas tanto do World Tour, como no escalão ProSeries (a que pertence a Volta ao Algarve, por exemplo). Dependendo da corrida, somarão pontos os ciclistas que terminarem até ao 10º ou até 15º lugar.

Também as provas de estrada e contrarrelógios de elite dos Mundiais e dos Jogos Olímpicos terão mais pontos a serem atribuídos.

Outra alteração é que o somatório do ranking irá incluir os 20 melhores ciclistas de cada equipa e não os 10 como aconteceu no último triénio.

“Estas alterações, que irão servir para aumentar a diferença entre os pontos somados nas corridas mais prestigiadas e as de categoria mais baixa, pretendem encorajar as equipas a colocar os seus melhores ciclistas nas provas mais importantes e garantir uma melhor correlação entre os pontos atribuídos e as conquistas desportivas”, salienta a UCI.

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O sistema de pontos foi muito criticado, principalmente em 2022, quando as equipas tiveram de enfrentar a realidade de poder perder a licença World Tour. Foi uma luta intensa, que fez com que algumas estruturas optassem por apostar em provas de menor escalão, porque tinham hipótese de somar mais pontos do que numa do principal nível.

A Lotto Soudal (agora Lotto-Dstny) foi um dos grandes exemplos dessas “tática”, mas não evitou a descida, tal como a Israel-Premier Tech. A formação belga – que apesar de passar a ser ProTeam, como é melhor no ranking neste escalão, tem direito a convites para todas as corridas World Tour – estaria a planear não marcar presença no Giro e noutras provas em 2023, precisamente para pensar em corridas onde pudesse acumular mais pontos.

Esta alteração agora anunciada pela UCI e há muito exigida pelas equipas, poderá levar a uma mudança de perspetiva das formações que poderiam estar a pensar em garantir pontos precisamente com a “tática” tornada popular pela Lotto Soudal.

Recorde-se que as licenças World Tour passaram a ser atribuídas por períodos de três anos. Nesta estreia de subidas e descidas, a belga Alpecin-Deceuninck e a francesa Arkéa Samsic foram as estruturas que ascenderam ao principal escalão.

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Fotografia: Getty Images/Facebook UCI

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