Fazer derrapagens, travar de forma mais intensa levando a bicicleta a derrapar, é possivelmente uma das manobras mais divertidas do BTT… E agora também no gravel, que tanto está na moda. Desde crianças que adoramos fazer isto, certo?! Mas será isto uma coisa boa? Se achas que não, olha para estas 4 dicas infalíveis para não derrapar no BTT…

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Não somos contra o recurso a derrapagens em qualquer situação. Pelo contrário, até sentimos muitas vezes que tal nos ajuda a seguir com mais desenvoltura.

Mas esta é uma ação que pode não ser muito recomendável por vários motivos, que listamos já a seguir. E ainda tentamos dar-te algumas razões para evitares fazer derrapagens e ainda váriso truques que nos permitem evitá-lo.

Argumentos contra as derrapagens…

1. Meio ambiente

Devemos estar em consonância com o momento eco que vivemos, não? Isso faz com que um deste argumentos seja a erosão do meio ambiente. Fazer derrapagens pode efetivamente danificar os trilhos e contribuir para a sua erosão precipitada…

2. Respeito pelos outros

Da mesma forma, recomendamos que não o faças sempre que estejam por perto outros ciclistas, runners ou praticantes de desporto em geral. Além dos os podermos assustar (especialmente se forem crianças…), também acabamos por criar uma má imagem dos BTTistas, não?

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3. Performance…

As derrapagens fazem com que façamos tempso melhores num troço do Strava? Ou fazem com que se desça melhor? Dão-nos uma falsa sensação de segurança e, à entrada das curvas, derrapar demasiado irá fazer com que percamos tempo (se não gerirmos bem a travagem…).

4. Desgaste da bike

Ao derraparmos em exagero e muitas vezes acabamos por contribuir para um mais rápido desgaste do material. Pneus, pastilhas, discos, sistema hidráulico dos travões… Quando mais suave for a travagem, melhor!

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Dicas para não derrapares (ou para derrapares menos…)

1. Antecipa todas as situações

Não aguardes até ao último segundo para travares numa viragem. Aliás, se travares de forma mais “leve”, com antecedência, e conseguires entrar mais depressa numa curva, é provável que consigas sair dela ainda mais rápido! Se travares muito “em cima”, irás derrapar com a roda de trás, perderás velocidade e sairás da curva mais devagar.

2. Olha um pouco mais à frente que a roda…

Olha o mais para a frente possível. Assim consegues estudar cada secção ou obstáculo com mais atenção e no timing certo. Esta é uma forma de evitarmos imprevistos e de não termos de travar de emergência e com demasiada intensidade.

3. Sê “gentil’ na intensidade da travagem

Por vezes, com o terreno mais seco e solto, é complicado evitar as derrapagens. Por isso, porque não tentarmos dosear melhor a força da travagem nas manetes? Uma dica será ires fazendo como no ABS dos carros: pequenas e curtas pressões na manete fazem com que as rodas vão ganhando aderência aos poucos. Isto vai evitar a derrapagem da roda de trás.

4. Mantém a bike “em boa forma”

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A dica do costume: ter a bicicleta e todos os componentes e acessórios sempre em bom estado. Exemplos que mais para aqui interessam: os pneus e os travões… Um pneu traseiro demasiado gasto faz com que a bike derrape muito mais nesse sector. Por outro lado, pastilhas, discos e óleo em mau estado podem ser causadores de travagens muito pouco eficientes…

Resumindo…

Há locais em que estas manobras podem estragar os trilhos, há momentos em que derrapar pode ser um mau exemplo de comportamento em cima da bike… E muito haverá a falar sobre o assunto. Queremos, contudo, deixar uma nota: este artigo não é de todo uma tentativa de levar a que deixes de usar a derrapagem como uma manobra dentro do teu “cardápio”.

A ideia é apenas deixar a questão ao critério e bom senso de cada um de nós. É preciso saber onde podemos fazê-lo, tal como identificar quando isto se pode tornar um mau exemplo…

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