A 81.ª edição da Volta a Espanha tem um percurso extremamente duro, ao longo de 3.275 quilómetros, com sete chegadas em montanha e dois contrarrelógios. A prova arranca a 22 de agosto de 2026 no Mónaco e termina a 13 de setembro, em Granada, após 21 etapas repartidas por quatro países.

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Com a presença anunciada do português João Almeida (UAE Emirates), a terceira e última Grande Volta do calendário mantém um perfil marcadamente montanhoso. O Mónaco acolhe o terceiro arranque consecutivo fora de Espanha, depois de Lisboa (2024) e Turim (2025).

A estreia da Vuelta no Principado inclui um contrarrelógio individual de nove quilómetros entre o Casino de Monte Carlo e o circuito automobilístico monegasco. Segue-se a passagem por França, com a terceira etapa a oferecer a primeira chegada em alto, antes de uma tirada exclusiva em Andorra — presente no percurso pela 25.ª vez — com três contagens de primeira categoria.

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A entrada em Espanha foca-se nas comunidades catalã e valenciana até ao final da primeira semana, com finais em altitude em Aramón Valdelinares e no Alto de Aitana. Após o primeiro dia de descanso, o percurso acompanha a costa mediterrânica e instala-se na Andaluzia, onde a segunda semana volta a ser marcada pela montanha, com chegadas em Calar Alto e na Sierra de La Pandera.

Depois do segundo dia de pausa, a semana decisiva começa com etapas planas e inclui um contrarrelógio individual de 32,5 quilómetros na 18.ª etapa, entre El Puerto de Santa María e Jerez de la Frontera. As decisões finais concentram-se nas duas jornadas seguintes: a 19.ª etapa termina nas Peñas Blancas e a 20.ª, penúltima, apresenta cinco subidas — três de primeira categoria — e mais de 5.000 metros de desnível acumulado, culminando no inédito Collado del Alguacil.

A consagração acontece em Granada, junto à Alhambra, que será a oitava cidade a coroar o vencedor da camisola vermelha, numa edição que não passa por Madrid nem pela zona norte da Península Ibérica. No total, o traçado soma mais de 58.000 metros de altimetria, desenhando uma das Vueltas mais duras da história.

“Será uma edição com um caráter distintamente mediterrâneo”, sublinhou Javier Guillén, diretor-geral da prova, confiante em atrair os melhores trepadores com um dos percursos “mais exigentes de sempre”.

O último vencedor foi o dinamarquês Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), campeão em 2025. Em 2026, João Almeida regressa com ambições reforçadas, numa temporada em que também alinhará no Giro de Itália, à procura de se tornar o primeiro português a conquistar uma das três Grandes Voltas.

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Crédito da imagem: LaVuelta/X

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