Chegou a prova de fogo à candidatura de Isaac del Toro à vitória no Giro: a terrível última semana da prova, com etapas de montanha cuja exigência não tem precedentes nesta edição.  

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Será que o jovem mexicano da UAE Emirates confirma a aparente superioridade que tem exibido nas duas primeiras semanas (excetuando os contrarrelógios)? É essa a pergunta que vai começar a ser respondida a partir desta terça-feira, com a primeira etapa de alta montanha e a primeira com chegada em alto. 

Pelo que se tem visto, arrisca-se dizer que Del Toro, pelo que tem mostrado, é o principal candidato a vencedor do Giro. Obviamente, não tem qualquer experiência comprovada numa grande Volta, se considerarmos os resultados. Mas se considerarmos a linguagem corporal e a sua consistência na frente, parece o melhor corredor. Cobre todos os movimentos em subidas, anda sempre bem colocado e tão mais importante, parece ter ganho a liderança aos olhos dos seus companheiros gregários. Del Toro tem a mentalidade, a capacidade física, a equipa mais forte ao serviço para terminar o trabalho nesta última semana.  

Uma equipa forte ao seu serviço, em que tem de excluir, obviamente, Juan Ayuso. A ambição com que o espanhol se candidatou à liderança da formação e à vitória neste Giro não se compadecem, pelo menos, para já, com a abdicação em prol de Isaac del Toro. Pelo contrário, matreiro, Ayuso tentará aproveitar todas as oportunidades em que o companheiro de equipa fraqueje.   

Esta também é a semana do tira-teimas sobre Primoz Roglic. E os indicadores não maus.  Já ninguém parece crer que o esloveno esteja a correr de forma conservadora para estar na melhor forma em julho, para o Tour. Devido às três quedas, embora não o impeçam de continuar, certamente limitam o seu desempenho. No entanto, estes sinais de fraqueza na etapa 15 não alteram a estratégia de Roglic para a última semana. Só tem muito mais tempo do que pensaria ao início do Giro para recuperar, mas dependerá, acima de tudo, da sua condição física. Porque, à exceção de Del Toro, ainda nenhum adversário mostrou ser imune a dias maus.   

Egan Bernal e Ineos também têm tido uma estratégia que certamente irão continuar a utilizar: atacar de longe. O colombiano parece de regresso, ainda que não à superioridade dos seus melhores anos, mas a um nível que poderá ser suficiente para vencer este Giro. 

Richard Carapaz mostra agressividade e crescendo de forma. Tem experiência, por isso é previsível que elabore com a sua equipa uma estratégia para bater a Ineos, a UAE e a Bahrain. Um pódio parece provável, mas o equatoriano não vai parar enquanto puder visar vitória à geral. Espere-se o… inesperado: porque Carapaz já o fez antes. 

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Os italianos Antonio Tiberi e Damiano Caruso formam uma dupla coesa e têm uma equipa forte, com Pello Bilbao e, espera-se, Afonso Eulálio na alta montanha. O mais jovem é mais promissor na corrida à camisola rosa, por ser mais consistente, e não tem desperdiçado forças nestas duas semanas a pensar na terceira, o que é uma qualidade num potencial vencedor de uma grande Volta.   

Derek Gee é outro que está em grande forma e é o quinto da classificação geral. Provavelmente, juntar-se-á ao grupo de Bernal e Carapaz na última semana e poderá tentar surpreender. Tem a seu favor a menor pressão, e ser um dos corredores mais agressivos. Pode ser um dos grandes animadores nas próximas etapas! 

Crédito da imagem: UAE Emirates Twitter  – https://x.com/TeamEmiratesUAE/status/1926658134090592671/photo/1

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