Mads Pedersen e Primoz Roglic foram as maiores figuras da partida do Giro na Albânia. Depois dos três dias do inédito início albanês, a corrida estabelece-se em território italiano com Mads Pedersen com a camisola rosa como resultado das duas vitórias nas etapas em linha, a primeira e a terceira, e um bom desempenho no contrrarelógio que as mediou (2.ª).

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Este foi ganho pelo especialista britânico Joshua Tarling (Ineos Grenadiers), que também se destacou neste arranque de prova, mas em que Primoz Roglic foi significativamente o mais forte dos candidatos ao topo da classificação geral.  

Pedersen, velocista dinamarquês da Lidl-Trek, impôs-se nas etapas com percursos acidentados para se superiorizar aos sprinters puros e acabou por não ter em Wout van Aert (Visma Lease a Bike) o adversário que se antevia, mas o que o belga assumir não ser, após a infeção viral de que enfermou nas semanas anterior ao início do Giro, e o impediram de treinar adequadamente. 

Devido às bonificações (10 segundos, pelas duas vitórias em etapas em linha), Pedersen compensou o tempo perdido para Roglic no contrarrelógio de 13,7 quilómetros e recuperou a maglia rosa ao esloveno, que a tinha arrebatado do nórdico após o exercício individual na segunda etapa, e lidera com 9 segundos de vantagem sobre o corredor da Red Bull.  

Sem pretensões à geral, Pedersen não deverá ter dificuldades em mantê-la na etapa desta terça-feira, propícia a mais um final em sprint, mas enfrentará dura tarefa na jornada seguinte, que tem um final montanhoso que certamente servirá de primeiro embate direto entre os maiores favoritos à conquista da rosa.       

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Entre estes, Primoz Roglic foi o que mais se destacou na passagem do Giro pela Albânia. O esloveno, que já era o principal favorito à partida, fez uma primeira demonstração de superioridade face à concorrência no contrarrelógio, e imitou o compatriota Tadej Pogacar na edição de 2024 e conquistou a camisola rosa logo ao segunda etapa da prova.

Embora tivesse perdido aquele símbolo de liderança no dia seguinte (para Pedersen), não prosseguindo a série imparável de Pogacar até Roma, Roglic chegou ao antecipado dia de descanso antecipado do Giro (para deslocação da comitiva da Albânia para Itália, já em posição vantajosa, principalmente pelo sinal de força que deu aos rivais.  

O vencedor da edição de 2023 impôs 16 segundos de vantagem ao espanhol Juan Ayuso (UAE Emirates), que é apontado como o principal oponente. Diferença que, longe de ser decisiva com tanta montanha (e mais contrarrelógio) que há pela frente, obriga Ayuso a correr atrás do prejuízo. 

Roglic tem 25 segundos para o segundo melhor posicionado dos seus adversários diretos, o italiano Antonio Tiberi (Bahrain Victorious) e 27 para o australiano Michael Storer (Tudor), que gera expectativa para se aferir a grande forma que revelou na recente Volta aos Alpes.  

Simon Yates (Visma Lease a Bike) segue-se a 33 segundos de Roglic e o seu irmão Adam (UAE Emirates) a 36. Richard Carapaz (EF Education-EasyPost, +37), Tom Pidcock (Q36.5 Pro Cycling, +42), Giulio Ciccone (Lidl-Trek, +42), Egan Bernal (Ineos Grenadiers, +48), Romain Bardet (Picnic PostNL, +51), David Gaudu (Groupama-FDJ, +54) ou Einer Rubio (Movistar, +55) estão todos a menos um minuto de Roglic, mas não podem perder muito mais.  

Mikel Landa (Soudal Quick-Step) é a única baixa entre os principais candidatos, após ter sido forçado a desistir durante a primeira etapa, devido a queda grave. 

Classificações

Crédito da imagem: Giro de Itália Twitter – https://x.com/giroditalia/status/1921951301002207241/photo/1  e https://x.com/giroditalia/status/1921557884841656614/photo/3

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