Meia-surpresa entre os especialistas, que partiram bem cedo e não foram prejudicados pela chuva que caiu quando os candidatos da geral foram para a estrada. Entre estes, Primoz Roglic foi o mais beneficiado.

Depois de um dia de descanso, a 10ª etapa da Volta a Itália, contrarrelógio individual de 28,6 km, trazia, mais do que a dúvida sobre o vencedor, a expectativa sobre reajustes entre os favoritos à classificação geral, e no topo, de saber se Isaac del Toro manteria a camisola rosa.  

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No entanto, a (meia) surpresa veio dos especialistas, que partiram bem cedo e não foram prejudicados pela chuva que caiu quando os candidatos da geral foram para a estrada.  

Joshua Tarling (INEOS Grenadiers), vencedor do primeiro contrarrelógio deste Giro, logo na segunda etapa, em Tirana, na Albânia, foi derrotado por Daan Hoole (Lidl-Trek).  

O campeão neerlandês de contrarrelógio foi o mais rápido, registando 32.30 minutos nos 28,6 quilómetros do percurso que incluía, sensivelmente a meio, uma subida de reduzida inclinação, ao rolar a uma impressionante média de 52,8 km/h para se impor, por quatro segundos, ao britânico Joshua Tarling, da Ineos Grenadiers.  

Daan Hoole, de 26 anos, conquistou a primeira vitória no WorldTour. “É incrível. Não consigo acreditar, estou muito emocionado… Quero agradecer a tantas pessoas, à minha equipa, aos treinadores, à minha família. Esperava tanto que este dia chegasse. Senti-me bem desde o início do Giro, mas nunca imaginei que iria alcançar tal desempenho. Esta vitória é tão especial… É de loucos”. 

O homem mais rápido reconhece ter beneficiado da estrada seca, face aos últimos adversários a competir. “Obviamente, os favoritos à classificação geral tiveram a chuva e isso muda muita coisa, mas ainda assim venci Joshua Tarling em igualdade de circunstâncias. É um dos melhores do mundo no contrarrelógio. Quando vi o primeiro parcial, disse a mim mesmo que seria difícil vencê-lo, mas continuei concentrado no meu esforço. Fiz uma boa segunda parte de prova e esperava que ele fraquejasse um pouco no final”, explicou Hoole. 

Na terceira posição classificou-se o britânico Ethan Hayter (Soudal Quick-Step), a 10 segundos de Daan Hoole, todos corredores que realizaram a prova ainda com o piso seco. 

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E enquanto esperávamos pelos líderes, a chuva chegou ao percurso. E desde logo o vencedor ficou decidido. Entre os favoritos, Primoz Roglic (Red Bull-BORA-hansgrohe) foi o mais beneficiado, aproveitando as condições meteorológicas mais favoráveis para ganhar 19 segundos a Juan Ayuso (UAE Emirates XRG), o segundo melhor dos primeiros. 

O mexicano Isaac del Toro (UAE Emirates) fez apenas o 36.º melhor tempo, a 2.22 minutos do vencedor, mas preserva a camisola rosa apesar de ter perdido 1.12 minutos para o espanhol e companheiro de equipa Juan Ayuso, que fez o 22.º melhor tempo, a 1.34 minutos de Daan Hoole.  

Del Toro tem agora 25 segundos de vantagem na liderança da classificação geral para Ayuso, segundo, e 1.01 sobre o italiano Antonio Tiberi (Bahrain), terceiro.    

Primoz Roglic (Red Bull) foi o melhor dos candidatos à vitória no Giro, ao gastar mais 1.15 minutos do que o vencedor, na 17.ª posição, ganhando 19 segundos a Juan Ayuso (está a 53 segundos do espanhol) e 1.31 m para o camisola rosa Del Toro. O esloveno subiu à 5.ª posição da geral, a 1.18 do jovem mexicano. No quarto lugar está o britânico Simon Yates (Visma), a 1.03 m do líder. 

Créditos da imagem: Giro d’Italia Twitter – https://x.com/giroditalia/status/1924840251161301085/photo/1

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