A mais longa tirada da 108.ª edição do Giro foi também a mais atribulada até ao momento, já que uma queda, ocorrida a pouco mais de 70 quilómetros da meta, deixa fora de prova o vencedor de 2022, Jai Hindley (Red Bull) e levou a organização a decidir tomar aí os tempos para a geral, liderada pelo dinamarquês Mads Pedersen (Lidl-Trek). 

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A queda do trepador australiano, e de meio pelotão, levou a organização a travar a marcha dos ciclistas para assistir os acidentados – a corrida não pode prosseguir sem ambulâncias a acompanhá-la -, e com maior cuidado o australiano da Red Bull, que teve de ser transportado ao hospital com uma concussão.  

O vencedor da edição de 2022 da corsa rosa é uma baixa de peso no apoio a Roglic. Adam Yates (UAE Emirates) ou Richard Carapaz (EF Education-EasyPost), também envolvidos na queda, puderam prosseguir. 

A organização do Giro parou mesmo a etapa, com os corredores a aguardarem uma nova partida, que foi dada a pouco mais de 60 quilómetros de Nápoles e que respeitou a diferença registada entre os fugitivos e o pelotão no momento da queda. 

A organização decidiu não atribuir tempos na meta e bonificações e o ‘maglia rosa’ Mads Pedersen, entre muitos outros, descolou nos derradeiros 30 quilómetros, deixando um minipelotão a discutir a vitória.  

Nem o sprint final foi livre de complicações, com Kaden Groves (Alpecin-Deceuninck) a esquivar uma série de toques entre os pretendentes à etapa para festejar o primeiro triunfo do ano. 

De resto, quando os dois dois fugitivos do dia estavam prestes a ser alcançados, um espectador atravessou-se no seu caminho e só por pouco não lhes provocou a queda…

“É um grande alívio. A equipa acreditou sempre em mim. Não foi um início de época fácil, com a lesão [no joelho] falhei muitas corridas e cheguei aqui sem uma vitória”, assumiu o australiano, que bateu o belga Milan Fretin (Cofidis) e o francês Paul Magnier (Soudal Quick-Step). 

Pedersen, que chegou tranquilamente vários minutos depois dos primeiros, foi creditado com o tempo destes, vai partir de rosa esta sexta-feira para a mais dura etapa até ao momento, com 168 quilómetros entre Castel di Sangro e Tagliacozzo, onde a meta é antecedida por uma contagem de montanha de primeira categoria. 

Crédito da imagem: Giro d’Italia Twitter – https://x.com/giroditalia/status/1923091529687581104/photo/2

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