Mads Pedersen chegou às quatro vitórias nesta edição da Volta a Itália, ao conquistar a 13.ª etapa, em Vicenza, impondo-se num empolgante sprint em subida ao belga Wout van Aert. 

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O homem da ‘maglia’ Ciclamino, de líder da classificação por pontos, foi o primeiro a acelerar na reta da meta, perante um pelotão alongado pela dureza da subida, e a vantagem de uma bicicleta que nesse impulso conquistou para Van Aert foi-lhe suficiente para resistir à recuperação do rival, apesar deste ter debitado, calcula-se, 840 W médios durante 1.20 minutos que durou o sprint!

Após a corrida, Pedersen refletiu sobre o sprint e a decisão arrancar a longa distância da meta: “O timing foi instintivo, tive de acelerar do lado direito, perto da barreira. Comecei um pouco mais cedo do que gostaria, mas num dia tão difícil e num final íngreme como este, às vezes é bom fazer as coisas mais cedo… não hesitar em arrancar. Nos últimos 100 metros, as pernas de todos estão a arder e já é tarde demais para fazer a diferença”. 

Questionado sobre se o seu desempenho neste Giro o elevaria a um novo patamar na carreira, Pedersen respondeu: “Não sei se é só este Giro que se deve ter em conta. Toda a minha temporada tem sido muito boa. Penso que sou um dos melhores corredores do mundo no meu terreno, mas não diria que estou entre os cinco melhores no geral. Simplesmente, um dos cinco melhores com as minhas características”. 

Superado por Mads Pedersen na inclinada reta da meta, Wout van Aert teve de se contentar com o segundo lugar.  O belga da Visma-Lease a Bike não conseguiu concluir o trabalho da sua equipa nos quilómetros finais. 

“Acho que fiz um bom final. Digamos que quando se dá o máximo, quando não se comete erros… faz-se uma boa corrida. E correu-me muito bem, devo dizer. O Mads [Pedersen] esteve um bocadinho mais forte, só isso, creio. A cerca de 50 quilómetros da chegada fiquei um pouco bloqueado, porque alguns corredores falharam uma curva e desperdicei muita energia. Mas, sim, é frustrante não vencer estando tão perto”, explicou.  

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Van Aert elogiou depois o vencedor Mads Pedersen: “Definitivamente, é difícil vencê-lo, mas já estive perto duas vezes. Por isso… se ainda houver oportunidades, vou continuar a tentar, claro”. 

“Já era complicado desde o início, com muita gente interessada na fuga e um grupo de liderança muito forte. Os meus colegas de equipa tiveram de trabalhar arduamente para controlar tudo. E devo dizer que a equipa Ineos surpreendeu-me com o seu ataque coletivo na subida a montanhosa a 50 km da chegada. Estávamos numa boa posição, mas depois falhei uma curva e fiquei bloqueado atrás durante um bom tempo”, contou o corredor de 30 anos. 

“Há quem diga que estou de regresso, mas na verdade nunca deixar de cá estar”, concluiu Van Aert, referindo-se a algumas vitórias falhadas esta temporada.    


Crédito da imagem: Giro d’Italia Twitter – https://x.com/giroditalia/status/1925934403370246287/photo/1

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