“Van der Poel paga preço dos seus esforços”

A reta final do ano velho é foi boa para Mathieu van der Poel e as perspetivas para o arranque do novo ano não são muito otimistas. Após ter regressado às competições no dia 26 de dezembro na ronda da Taça do Mundo de Dendermonde, que terminou em segundo atrás do grande dominador da temporada e arquirrival Wout Van Aert (Jumbo-Visma), o corredor da Alpecin-Fenix voltou a fazer um interregno nas corridas, devido a persistente dor nas costas.

PUB

O neerlandês não retoma a competição até que essas dores estejam definitivamente debeladas. Garante-o o diretor desportivo da Alpecin-Fenix. “Veremos como a lesão vai evoluir. Primeiro terá de treinar sem limitações antes de pensar em regressar às corridas. Vamos acompanhar a situação com calma”, explicou Christoph Roodhooft.

“Esta lesão nas costas incomoda-o há algum tempo. A queda a prova de XCO nos Jogos Olímpicos provavelmente não afetou a lesão, mas com certeza não ajudou. O problema será resolvido. A preocupação não é que Mathieu sinta falta do ciclocrosse, mas que sinta dor. Devido a dessa dor persistente não pode estar 100%, não pode treinar para melhorar e é terrivelmente aborrecido para ele. Veremos quando é o seu regresso será possível”, afirmou Roodhooft.

Fisioterapeuta diz a prioridade é o repouso

Por seu turno, David Bombeke, fisioterapeuta de Mathieu van der Poel, declarou ao Het Nieuwsblad, que a dor que o corredor sente é consequência da competição. “Com tantos maus-tratos a que Van der Poel se submete, entre ciclocrosse, BTT e estrada, o seu corpo está a pagar o preço”, disse Bombeke, que se recusa a fazer previsões sobre o regresso do ciclista.

PUB

“É um pouco prematuro apontar para o Mundial de ciclocrosse [que acontecerá em 30 de janeiro, em Fayetteville, nos Estados Unidos], porque não resta muito tempo. Na minha opinião vai ser difícil preparar essa competição em menos de um mês. Quem decide é Mathieu e a sua equipa, mas considero que a prioridade, agora, deve ser o descanso, não importa quanto demore”, sublinhou o clínico.