No dia seguinte à vitória de Matej Mohoric na Milão-Sanremo, a União Ciclista International (UCI) divulgou um breve comunicado de imprensa sobre o uso de espigão de selim telescópico na bicicleta do corredor esloveno na Clássica da Primavera.
Esta tecnologia permite ao ciclista baixar a altura do selim e, desde logo, o seu centro de gravidade, em tempo real, para otimizar a aerodinâmica e o controlo da bicicleta a velocidades elevadas.
“Sabia que o espigão telescópico dar-me-ia uma vantagem real sobre os outros, que seria difícil acompanhar o meu ritmo”, declarou Mahoric após a corrida, em que construiu a vitória na descida do Poggio, que fez a ritmo alucinante, levando Tadej Pogacar a considerar o compatriota “louco” e a não ter “arriscado” tentar seguido.
UCI statement concerning dropper seatposts https://t.co/BQ5dbLSj6J pic.twitter.com/zv0eOnoFXO
— UCI_media (@UCI_media) March 20, 2022
A Comissão de Equipamento da UCI aprovou a utilização de espigão de selim telescópico em competições de ciclismo de estrada em 2014. A sua utilização está sujeita a um recuo mínimo de selim de 5 cm, segundo a norma estabelecida no artigo 1.3.013, ou seja, “quando o espigão é ajustado na sua posição mais alta ou mais baixa, o recuo do selim deve estar em plena conformidade com o artigo 1.3.013″, indicou a UCI, validando assim a utilização desta tecnologia e a vitória de Mahoric na 113.ª edição da Milão-Sanremo.