O ciclismo português obteve a primeira vitória de sempre na disciplina olímpica de madison em grandes competições na categoria de elite. Em Milton, Canadá, no encerramento da edição de 2023 da Taça das Nações de Pista, a dupla Iúri Leitão e Ivo Oliveira dobrou o pelotão duas vezes e ainda pontuou em seis dos 20 sprints. Prova perfeita!

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Portugal esteve muito ativo desde o início da competição e pontuou logo em três sprints, além de que Iúri Leitão e Ivo Oliveira foram capazes de explorar o desgaste acumulado dos adversários para serem a melhor equipa da segunda metade da prova. Conseguiram dobrar duas vezes o pelotão e pontuar em seis sprints para fechar com 61 pontos.

“A corrida foi extremamente dura. Sabíamos que teríamos de esperar pelo meio da prova para dar as voltas de avanço, porque o nosso ponto forte é quando se acumula a fadiga. Despois de darmos a primeira volta, conseguimos dobrar o pelotão pela segunda vez. Sentimos que tinha de ser naquele momento, porque a corrida estava toda partida e víamos na cara dos adversários que estavam completamente cansados e nós ainda tínhamos algumas ‘balas’ para gastar”, explicou Ivo Oliveira.

E continuou: “depois foi um contrarrelógio de 40 voltas dividido entre mim e o Iúri. Estamos orgulhosos porque houve uma conexão muito boa entre os dois, fizemos rendições perfeitas. Foi daqueles dias em que tudo é perfeito”.

No segundo lugar ficaram os neerlandeses Yoeri Havik e Vincent Hoppezak, a correrem pela equipa Beat Cycling Club, com 56 pontos. A seleção francesa composta por Thomas Boudat e Benjamin Thomas fechou o pódio, com 55.

“Pela primeira vez ganhámos uma ronda na prova olímpica de madison, a mais exigente das corridas de resistência em pista, o que muito nos orgulha e dá mais energia para as batalhas seguintes. O Iúri e o Ivo estiveram muito bem na concretização do plano estratégico e das táticas que o suportaram, com uma excelente resposta motora, fundamental para o sucesso das ações que nos levaram a esta brilhante vitória”, considera o selecionador nacional Gabriel Mendes.

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Maria Martins também competiu na noite de domingo, noutra disciplina olímpica, o omnium. A corredora portuguesa concluiu o conjunto de quatro provas no oitavo lugar. Tata começou com a quinta posição no scratch, foi sexta na corrida tempo e 12.ª na eliminação, chegando à corrida por pontos no sexto posto da geral.

Na prova que encerrou o programa, a representante de Portugal não somou qualquer ponto, o que a fez baixar à oitava posição final, com 80 pontos. A vitória foi para a britânica Katie Archibald, com 131 pontos e uma imensa superioridade sobre as rivais. Seguiram-se a italiana Elisa Balsamo, com 110, e estadunidense Jennifer Valente, com 108.

“Considero que fizemos uma excelente Taça das Nações de Pista, naquela que foi a mais competitiva e exigente das três rondas. Agora o importante é continuarmos a trabalhar com humildade, esforço e empenhamento para melhorarmos aspetos do nosso desempenho deste fim de semana. Só dessa forma poderemos encarar os desafios futuros com mais competência e confiança nesta caminhada para a qualificação olímpica”, resume Gabriel Mendes.

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Imagens: UCI

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